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Durão quer nova «revolução industrial»

E considera que «a Europa deverá liderar o mundo nesta nova revolução»

O presidente da Comissão Europeia considerou esta segunda-feira, no Porto, que a Estratégia Europeia para a Energia é uma «nova revolução industrial», a desenvolver até 2050 com a imprescindível participação do sector privado, escreve a Lusa.

«A Europa deverá liderar o mundo nesta nova revolução industrial: a transição para uma sociedade de baixo teor em carbono para uma baseada no conhecimento», afirmou Durão Barroso durante o megadebate «Estratégia Europeia para a Energia: Oportunidades e Desafios», que hoje decorreu por iniciativa da Associação Portuguesa de Gestão e Engenharia Industrial (APGEI) e da Associação Portuguesa de Cogeração (COGEN Portugal).

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Contudo, alertou, o investimento necessário na Europa nos próximos anos, em redes de energia, meios de produção e desenvolvimento de serviços de energia «só é imaginável através de financiamento privado», que só poderá ser atraído mediante um mercado de energia «transparente, competitivo e adequadamente regulado».

Para Durão Barroso, a Estratégia Europeia para a Energia, a apresentar aos líderes europeus no Conselho Europeu da Primavera, a 8 e 9 de Março, é uma «oportunidade única para a Europa desenvolver uma estratégia integrada e consistente de energia e clima».

O objectivo é «combater as alterações climáticas, criar um mercado único competitivo e reduzir a vulnerabilidade externa».

Entre as propostas da Comissão Europeia a apresentar nas negociações internacionais estão a redução de 30 por cento nas emissões de gases responsáveis pelo efeito de estufa em 2020 nos países desenvolvidos.

A União Europeia (UE), de forma autónoma, deverá comprometer-se a reduzir «pelo menos 20 por cento das emissões de gases responsáveis pelo efeito de estufa em relação ao ano de referência de 1990», disse Durão Barroso.

Entre as medidas concretas apresentadas pela Comissão para atingir este objectivo, destaque para o Plano de Acção para a Eficiência Energética, no âmbito do qual se pretende uma poupança de energia de 20 por cento até 2020, equivalente a 100 biliões de euros e cerca de 780 milhões de toneladas de dióxido de carbono por ano.

Paralelamente, a quantidade de energia utilizada na Europa a partir de fontes renováveis terá que aumentar dos actuais sete por cento para 20 por cento em 2020, cabendo a cada Estado-membro escolher o respectivo «cabaz energético» para o conseguir.

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