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Sócrates e Durão esperam «final feliz»

Para o caso das enfermeiras búlgaras condenadas à morte na Líbia

José Sócrates, presidente em exercício do Conselho da União Europeia, e Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia, asseguraram esta quarta-feira que tudo farão para encontrar uma solução para o caso das enfermeiras búlgaras condenadas à morte na Líbia, escreve a lusa.

José Sócrates e José Manuel Durão Barroso falavam perante o Parlamento Europeu em Estrasburgo - durante a apresentação da presidência portuguesa da União Europeia -, pouco depois de o Supremo Tribunal da Líbia ter confirmado as penas de morte para as cinco enfermeiras e o médico búlgaros, condenados por propagação do vírus da sida.

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Indicando que recebeu «com tristeza» a notícia, o primeiro-ministro afirmou que a presidência portuguesa está «bem consciente da importância que tem este dossier», há muito tempo que o acompanha, e vai continuar a dialogar com Tripoli em busca de uma solução.

«Tudo faremos para que este dossier possa ter um desfecho feliz», afirmou Sócrates, lembrando que Portugal, «um dos países que tem melhores relações com os países do Magreb, incluindo a Líbia», tem essa responsabilidade enquanto presidência da União Europeia neste segundo semestre.

Insistindo que se trata de um dossier complexo e de grande «delicadeza diplomática», o primeiro-ministro lembrou que «há ainda uma instância de recurso» e repetiu diversas vezes que Lisboa «está a acompanhar o assunto» e vai continuar a fazê-lo.

Também o presidente do executivo comunitário manifestou a sua solidariedade para com as enfermeiras, sublinhando todavia que ainda está «confiante que uma solução será encontrada».

«Asseguro que a Comissão, em conjunto com a presidência do Conselho e os Estados-membros, tudo fará para salvaguardar o direito à vida e a liberdade daquelas pessoas», afirmou Durão Barroso.

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A audiência de hoje, em Tripoli, durou cinco minutos, e realizou-se sem a presença dos seis acusados.

Mas o veredicto do juiz Fathi Dahan não é final, uma vez que o Conselho Supremo Judicial da Líbia, dirigido pelo ministro da Justiça, pode aprovar ou rejeitar as condenações ou decidir uma sentença mais leve.

As enfermeiras Kristiana Valtcheva, Nassia Nenova, Valia Tcherveniachka, Valentina Siropoulo e Snejana Dimitrova, bem como o médico Achrad Joumaa Hajouj, de origem palestiniana, encontram-se detidos desde 1999.

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