Cécilia Sarkozy, mulher do presidente francês Nicolas Sarkozy, e o secretário-geral do Eliseu, Claude Guéant, chegaram hoje à Líbia, dez dias depois da primeira visita ao país para acompanhar as enfermeiras búlgaras condenadas à morte pelas autoridades líbias, noticia a Lusa.
A visita da primeira-dama francesa foi confirmada por fontes oficiais líbias, que não quiseram revelar pormenores sobre a deslocação. As enfermeiras búlgaras foram condenados à morte em 2004, sob acusação de terem inoculado deliberadamente o vírus da SIDA em 438 crianças líbias da cidade de Benghazi, das quais 56 vieram a falecer.
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Detidas desde Fevereiro de 1999, as enfermeiras Kristiana Valtcheva, Nassia Nenova, Valia Tcherveniachka, Valentina Siropoulo e Snejana Dimitrova, bem como o médico palestiniano Achraf Joumaa Hajouj, reclamam a inocência, afirmando que as suas confissões foram obtidas sob tortura.
Recentemente, as nove enfermeiras búlgaras e o médico viram a sua pena comutada em prisão perpétua, embora a comunidade internacional, nomeadamente a União Europeia, continue empenhada em conseguir o repatriamento dos dez profissionais de saúde.
Segundo uma fonte diplomática europeia, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, comprometeu-se em modernizar o hospital de Benghazi, onde trabalham as enfermeiras búlgaras, em troca do repatriamento destas cidadãs.
O site do semanário francês Le Point refere que esta segunda visita de Cécilia Sarkozy terá como principal objectivo preparar o processo de repatriamento. O mesmo site acrescentou que a primeira-dama francesa e Claude Guéant terão sido recebidos pelo coronel Kadhafi para ultimar os últimos pormenores para o repatriamento das enfermeiras búlgaras».
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