Já fez LIKE no TVI Notícias?

Aprenderam a fazer bombas na net

Só em Coimbra há registo de dez casos, mas «há muitos mais» a nível nacional, diz a PJ. A polícia identificou seis jovens que criaram e fizeram explodir engenhos. Um deles foi colocado num contentor do lixo e atingiu uma adolescente

Seis jovens, entre os 15 e os 17 anos, foram identificados pela Policia Judiciária (PJ) de Coimbra, pela presumível autoria de explosões provocadas na Figueira Foz e na Covilhã, referiu fonte da PJ ao PortugalDiário. Mas este caso não é único. Em Coimbra já foram detectadas pelo menos dez situações semelhantes e, a nível nacional, há registo de «muitas mais».

Neste caso da Figueira da Foz e Covilhã, a PJ revelou que o método utilizado foi, no mínimo, «curioso». A investigação, conduzida pelo Laboratório da Polícia Científica, permitiu apurar que os adolescentes terão produzido os engenhos explosivos depois de terem recorrido a páginas da Internet estrangeiras onde se consegue «facilmente» obter esse conhecimento.

PUB

O responsável indicou que os engenhos são de fabrico fácil e acessível a qualquer um. Basta para isso que se realize uma procura na Internet.

Os adolescentes «não tinham a intenção de ferir ou matar alguém», mas a situação é igualmente grave. Trata-se de uma crime de negligência», apontou a mesma fonte. O juiz decidiu aplicar-lhes o termo de identidade e residência como medida de coacção.

«Numa das explosões, ocorrida em Junho do ano passado numa zona residencial dos arredores da Figueira da Foz, dois jovens criaram perigo para a integridade física de uma jovem», explica a PJ. Na outra explosão, que ocorreu em Outubro último, numa escola da Covilhã, uma estudante ficou ferida.

Queriam experimentar explosivos num contentor do lixo

Ao PortugalDiário, a PJ explicou que quatro jovens terão inserido o engenho explosivo dentro de um contentor do lixo. O objectivo era o do puro experimentalismo, mas o perigo aumentou quando uma jovem, que passava pelo local, se sentou num banco de jardim perto do referido contentor. A adolescente teve de ser assistida nos Hospitais da Universidade de Coimbra.

A PJ apela aos pais e aos professores para estarem alerta, por forma a evitar estas situações «que um dia podem vir a ser dramáticas» e admite uma grande dificuldade em banir os sites, pois são estrangeiros e «aparecem e desaparecem».

PUB

Últimas