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Porto: alunos satisfeitos com empréstimos

Federação Académica critica, porém, período de carência de apenas um ano

O presidente da Federação Académica do Porto (FAP), Pedro Barrias, manifestou-se hoje satisfeito com a decisão do governo de criar um sistema automático de empréstimos para os estudantes do ensino superior, mas defendeu um aumento do período de carência, noticia a Lusa.

«Estamos satisfeitos por, finalmente, ter sido regulamentada esta matéria, que já constava da lei 37/2003, relativa ao financiamento do ensino superior», afirmou Pedro Barrias, em declarações à Lusa.

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Pedro Barrias, que comentava a decisão do Conselho de Ministros de hoje que aprovou a criação de um sistema automático de empréstimos para estudantes do ensino superior até 25 mil euros, recordou que a FAP «tem vindo a reivindicar desde 2004 condições mais vantajosas» no acesso ao crédito para os estudantes.

O presidente da FAP frisou, no entanto, que a aprovação deste novo sistema «não pode ser entendida como uma substituição da acção social escolar, que deve continuar nos termos actuais».

«Nunca aceitaríamos essa substituição», alertou.

Por outro lado, Pedro Barrias criticou o facto do sistema hoje aprovado pelo governo prever um período de carência de apenas um ano, no final do qual o estudante tem de começar a pagar o empréstimo.

«A FAP sempre defendeu que seria socialmente mais justo que o estudante apenas iniciasse o pagamento do empréstimo quando atingisse um determinado patamar de rendimentos», afirmou.

Para o presidente da FAP, esta opção «seria mais adequada às alterações das condições sociais e económicas dos licenciados».

«É muito possível que, ao fim de um ano, o licenciado ainda não tenha um emprego estável ou condições para assumir os encargos do empréstimo», salientou Pedro Barrias.

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