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Professores em greve

Paralisação de dois dias é um ultimato à ministra da Educação

Catorze sindicatos de professores vão avançar com uma greve nacional na terça e quarta-feira. Sindicatos e Ministério da Educação (ME) estiveram, na passada quinta-feira, reunidos e, mais uma vez, não chegaram a acordo quanto à revisão do Estatuto da Carreira dos Docentes (ECD). Docentes voltam a fazer greve com objectivo de senbilizar ministra antes da resposta final da tutela, na quinta-feira.

«Estamos à espera de uma forte adesão. As indicações que nos chegam das escolas apontam para uma paralisação em massa, que acreditamos que será acima dos 80 por cento», disse ao PortugalDiário Francisco Almeida, dirigente da Fenprof.

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Também a FNE tem «a expectativa de uma greve com expressão semelhante à da última marcha nacional de professores», disse ao PortugalDiário João Dias da Silva, secretário-geral da Federação Nacional dos Sindicatos da Educação.

O ME prometeu para quinta-feira uma resposta às contra-propostas dos sindicatos de professores. «A ministra pode estar à espera de medir a reacção dos docentes à greve para tomar uma decisão. Mas basta olhar para a fortíssima adesão que a marcha nacional teve», defende Francisco Almeida.

«Esperamos que a greve sensibilize o ME para a dimensão do descontentamento dos professores com o ECD, que é uma tentativa do Estado de poupar dinheiro à custa dos docentes», defende o dirigente da FNE, acrescentando que «até agora, o Ministério pura e simplesmente ignorou as propostas dos professores para alterações no ECD».

Bom-senso, pedem professores

O dirigente da Fenprof acrescenta que «a ministra bem pode pregar que é insensível a manifestações e greves. O bom-senso e o normal funcionamento do regime democrático obrigam a que preste atenção às exigências dos professores».

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Se a greve de dois dias vai ter os efeitos que os docentes pretendem, «é difícil dizer. Já vimos de tudo neste Ministério e estamos preparados para qualquer coisa», garante Francisco Almeida, acrescentando que «se na quinta-feira a resposta do ME não tiver em conta as contra-propostas dos professores, outras formas de bloqueio virão».

«Se a resposta do ME não for satisfatória, havemos de continuar a encontrar novas formas de expressão em massa do descontentamento dos professores», acrescenta João Dias da Silva.

A greve nacional de terça e quarta-feira foi decretada a 5 de Outubro, Dia Mundial do Professor, durante a marcha nacional de protesto, que reuniu em Lisboa mais de 20 mil docentes.

Esta será a segunda greve nacional convocada para contestar a proposta do ECD, depois da realizada a 14 de Junho, que contou com uma adesão de 70 a 80 por cento, segundo a Fenprof, e inferior a 30 por cento, de acordo com o ME. No global, é a quinta paralisação que Maria de Lurdes Rodrigues enfrenta desde que tomou posse.

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