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Sociedade de Matemática teme «consequências graves» pela alteração de métodos

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Reação às mudanças anunciadas pelo ministro Nuno Crato

A Sociedade Portuguesa de Investigação em Educação Matemática (SPIEM) responsabiliza o Ministério da Educação e Ciência pelas «consequências graves» que a revogação do programa de matemática em vigor para o ensino básico vai acarretar.

Num comunicado citado pela agência Lusa, a SPIEM manifesta «profunda preocupação» com a revogação do atual Programa de Matemática do Ensino Básico (PMEB), considerando a decisão do ministro Nuno Crato «um problema» que abrange os matemáticos, professores, encarregados de educação, alunos e país em geral.

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Para estes especialistas, os professores vão ser «obrigados a ensinar por objetivos educacionais ultrapassados» e aos jovens vai ser retirada a oportunidade de se «tornarem seres matematicamente pensantes, capazes de resolverem problemas matemáticos, quer na vida quotidiana, quer na vida escolar e profissional futura».

A SPIEM alerta para as «as consequências nefastas» deste programa, sublinhando que a sua revogação é muito preocupante.

«Como se explica que Nuno Crato, que tanto apelava, antes de ir para o Governo, para a necessidade de se avaliarem os programas educativos, revogue um programa que não só não foi avaliado, como nem sequer teve ainda tempo de perfazer um ciclo completo de escolaridade», questionam os investigadores em educação matemática.

No sábado, a Associação dos Professores de Matemática decidiu avançar com uma queixa ao Provedor de Justiça e uma providência cautelar contra o despacho do Governo que revoga o programa de matemática em vigor para o Ensino Básico.

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Estas reações surgem após o Ministério da Educação ter revogado o despacho publicado em Diário da República do programa de matemática em vigor para o ensino básico, substituindo-o progressivamente por um documento que entra em discussão pública na próxima semana.

De acordo com o Ministério da Educação, o novo programa pretende «dar maior liberdade pedagógica aos professores«, sendo um objetivo declarado da tutela permitir aos docentes total liberdade com base na sua experiência para definir a metodologia a utilizar, adequando-a de acordo com as turmas.

O programa que vai ser substituído foi criado em 2007, quando a pasta da Educação era tutelada por Maria de Lurdes Rodrigues, no primeiro Governo socialista de José Sócrates.

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