Pais de 19 alunos do primeiro ano de escolaridade de Leça da Palmeira, Matosinhos, protestaram esta quarta-feira porque os seus filhos já tiveram seis professores e há a «forte possibilidade» de conheceram um sétimo até ao final do período lectivo.
A turma em causa pertence à escola EB1 da Praia, Leça da Palmeira, Matosinhos, e entre os seus 19 alunos, há meio ano a mudar sistematicamente de professor, conta-se um com necessidades educativas especiais.
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A última docente a assumir a turma regressou ao seu posto de trabalho esta semana, depois de uma baixa médica de três anos. «A senhora voltou ao fim de três anos de baixa, porque não lhe foi concedida a aposentação. A nossa preocupação é que, ao fim de 30 dias, volte à baixa e coloquem outro professor. É uma forte possibilidade», admitiu à Lusa Paula Lopes, mãe de um dos alunos.
Em protesto por esta situação, os pais decidiram que hoje os filhos ficariam em casa e seriam eles que iriam à escola no sentido de alertar a opinião pública para esta situação. «Temos tido imensa paciência mas a situação já ultrapassa o bom-senso e põe em risco o futuro das crianças», disse a encarregada de educação.
Paula Lopes explicou que os pais se reuniram terça-feira com responsáveis da Direcção Regional de Educação do Norte (DREN), mas nada se resolveu. «Fomos bem recebidos, mas não trouxemos quaisquer garantias de normalização da situação», contou.
A directora regional de Educação, Margarida Moreira, confirmou a reunião e disse ter obtido o compromisso da professora efectiva, agora regressada ao trabalho, de que tem condições de saúde para garantir as aulas até ao fim do ano.
«Disse-nos que não lhe passava pela cabeça voltar à baixa. De outro modo, teríamos pedido uma junta médica e prolongado o contrato de quem lá estava ultimamente», afirmou, em declarações à agência Lusa.
Margarida Moreira disse também que a escola EB1 da Praia, Leça da Palmeira, tem um professor de apoio, que poderá colaborar com a turma e que, de resto, já a leccionou.
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