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Barcelona vive a pior seca de sempre

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Se não chover nas próximas semanas, habitantes poderão ficar sem água para beber no próximo Verão

Barcelona vive a pior seca de sempre. Se não chover nas próximas semanas, os seus quase 5 milhões de habitantes poderão ficar sem água para beber no próximo Verão.

Em busca de soluções urgentes, os governos central e regional decidiram fazer o transvase do Rio Ebro, mas as contestações de vários quadrantes não se fizeram esperar. Para já, como medida preventiva, serão aplicadas multas a quem desperdiçar água. As coimas podem ir até aos 3.000 euros.

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A chuva este ano não se faz sentir em Barcelona e quando chove é insuficiente. Os depósitos e barragens atingiram o seu nível mínimo.

O último Conselho de Ministros aprovou um decreto-lei com medidas ¿excepcionais e urgentes¿ para garantir o abastecimento de água em Barcelona. Os governos espanhol e o catalão acordaram em levar por diante o mini-transvase do Rio Ebro como medida de carácter urgente e excepcional.

A obra ¿de interesse geral e de emergência¿ está orçamentada em 180 milhões de euros e a sua conclusão está prevista para o Outono e consiste em colocar uma canalização subterrânea ao longo da Auto-estrada A7, de Tarragona a Barcelona.

O Ministério do Meio Ambiente e Meio Rural e Marinho assegura que o problema da escassez de água em Barcelona estará resolvido quando entrar em funcionamento a planta desalinizadora do El Prat, prevista para Junho de 2009.

Por seu turno, o presidente do governo catalão, José Montilla, adiantou que estão a trabalhar em projectos e soluções pensados para o período de 2012 a 2025.

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José Montilla afastou a proposta do partido Convergência i Unió (CiU), o partido de Jordi Pujol, no sentido de se avançar com o transvase do rio francês Ródano. O líder do executivo regional disse achar conveniente não depender de um canal de água proveniente de França. Mantilha confessou que, para já, o transvase do Ebro é, dadas as circunstâncias, uma medida aceitável.

Os governos regionais de Múrcia e Valência opõem-se ao transvase do Rio Ebro e já ameaçaram levar o caso ao Tribunal Constitucional. Não concordam que a Catalunha tenha um tratamento diferente ao de outras regiões com falta de água. A comunidade de Aragão, o distrito anfitrião da Expo 2008, dedicado à água, também reclama atenção, já que também padece também das consequências da seca.

Entretanto, e enquanto o chefe do executivo catalão apela à solidariedade, a Plataforma em Defesa do Ebro (PDE) prepara uma grande manifestação e defende a realização de um referendo para que os cidadãos de Garagens «tenham a última palavra».

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O sindicato agrário contesta esta medida e agendou para o dia 10 de Maio uma manifestação para mostrar a sua discordância em relação à primeira saída de água de barco desde Tarragona a 15 de Maio.

Por outro lado, as associações de regantes do Delta de Ebro não autorizam que se capte a água dos seus canais. Dizem que tudo foi feito nas suas costas e não acreditam que seja uma medida de carácter provisório, mas sim que se prolongará no tempo.

Medidas preventivas radicais

Para já, as medidas preventivas em curso consistem em não desperdiçar água. O governo catalão proibiu práticas como encher piscinas, regar jardins ou lavar automóveis. As polícias autonómica e municipal têm recebido frequentes denúncias e estão a ser aplicadas coimas.

Um dos casos mais recentes foi o de uma cidadã sexagenária que estava a lavar alcatifas no jardim da sua vivenda com uma mangueira. Agentes da polícia local que patrulhavam a zona aperceberam-se do desperdício da água e lavraram o auto de denúncia.

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