Os preços das casas de segunda-mão em Espanha podem cair até 40 por cento devido à queda «para mínimos históricos» deste tipo de vendas, segundo um estudo difundido esta segunda-feira pela Rede de Especialistas Imobiliários (REI), avança a agência Lusa.
Segundo os dados da empresa nos primeiros meses deste ano, só se venderam uma média de 9.000 casas por mês, em grande parte devido «às severas restrições e ao endurecimento das condições para a concessão de crédito».
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Esta situação deverá manter-se «a curto e médio prazo, apesar dos juros que se aplicam nas hipotecas continuarem a baixos».
«Os compradores desapareceram do mercado. Isso leva o vendedor a baixar os preços de venda. Se antes as reduções eram de dois ou três por cento, agora estas descidas são de 30 ou 40 por cento».
Para Eduardo Molet, presidente da REI, a recuperação do sector só deverá começar a sentir-se em 2010, podendo apenas terminar dentro de quatro anos.
No estudo a empresa refere que o sector continua a ser caracterizado pela heterogeneidade, pelo que algumas zonas e alguns produtos imobiliários não estão a ser afectados pelo excesso de oferta.
Em zonas de recente expansão imobiliária os preços continuarão a cair, mas zonas do centro das cidades, «os preços baixarão mas em menor medida».
A maior procura continuará a ser em torno de casas com dois quartos. «Casas situadas em andares baixos, rés-do-chão, interiores ou com má distribuição serão as mais afectadas e com menos procura».
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