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Scut deixam espanhóis «confusos»

Condutores do país vizinho falam em «falta de informação»

Os automobilistas espanhóis confessaram-se esta quinta-feira confusos em relação ao processo de pagamento das portagens nas SCUT, queixando-se de «total falta de informação» sobre os dispositivos a utilizar e os locais onde os podem adquirir, escreve a Lusa.

«É muita confusão. A gente não sabe como e onde adquirir os dispositivos. Ouvimos falar que estão à venda nas estações de serviço, mas nós estamos aqui numa e não há dispositivo nenhum», disse, à Lusa, Loreto Fernandez.

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Para esta jornalista da TVE (televisão espanhola), que se deslocou a Portugal expressamente para «tentar perceber» como é que os estrangeiros podem pagar portagens nas SCUT, «há um desconcerto» total sobre o processo.

«O que me parece é que, com toda esta confusão, os espanhóis vão passar a utilizar preferencialmente a A3 (autoestrada Valença-Braga-Porto e onde se pode pagar em dinheiro)» em vez da A28, que liga Viana do Castelo ao Porto, acrescentou.

Loreto Fernandez falava na estação de serviço de Neiva da A28 (SCUT do Norte Litoral), onde, como a Lusa constatou, não havia à venda qualquer dispositivo para o pagamento de portagens.

«Disseram-me que íamos ter esses dispositivos, mas para já não temos nada, nem sequer sabemos quando irão chegar», disse, à Lusa, Marco Fernandes, gerente daquela estação de serviço.

Os veículos de matrícula estrangeira podem pagar as portagens nas SCUT através da Via Verde ou então utilizando um dispositivo temporário.

Pablo Fariña, de Vigo, garante que anda há um mês a tentar arranjar um dispositivo temporário, mas sem sucesso.

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¿«nquanto não o conseguir, vou tentar não passar por aqui, porque não quero problemas com as divisões de trânsito», referiu, queixando-se de «falta de informação» sobre o assunto.

Natural de Braga mas residente na Galiza, Joaquim Vieira também confessou que não sabe muito «como funciona isso» dos dispositivos temporários.

«Já ouvi falar, mas não sei onde se compra, onde se vai colocar. Não há informação», queixou-se.

Na estação de serviço de Neiva, a primeira da A28 quem viaja no sentido norte-sul, a informação sobre a cobrança de portagens resume-se a uns folhetos das Estradas de Portugal colocados em cima do balcão da loja de conveniência.

Segundo o gerente, os pedidos de esclarecimentos, por parte de portugueses e espanhóis, «são mais que muitos», mas as informações que ali têm para dar são muito escassas.

Marco Fernandes apenas garante que, na próxima semana, haverá ali «uma tendinha a dar informações».

Informações que até nem seriam necessárias se toda a gente seguisse o conselho de Andresa Costa, uma arquitecta de Barcelos: um «boicote total» à A28.

«A única forma de fazer algum protesto é toda a gente parar de usar. Um boicote total à A28», desafiou.

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