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«Mais twitter, menos rainha Vitória. Mais twitter, menos Camões»

Miguel Gaspar, jornalista do jornal «Público», dedica um artigo de opinião à ideia dos britânicos de darem mais atenção, na primária, à aprendizagem das novas tecnologias

«Mais twitter, menos Camões» é o título do artigo de opinião de Miguel Gaspar, jornalista do jornal «Público». A ideia do executivo britânico em reformar o ensino primário e focar a atenção, dos mais pequenos, na aprendizagem de novas tecnologias, «em particular das redes sociais, em detrimento dos velhos sabores convencionais», dá espaço para várias abordagens.

Para Miguel Gaspar, a ideia «faz todo o sentido». «O que os trabalhistas britânicos nos estão a dizer é que dar tecnologia não basta, é preciso dar ferramentas às pessoas que lhes permite usar a tecnologia», considera o jornalista.

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Apesar da Internet não ser «a primeira revolução mediática da história» e lembra «o livro, o jornal, a rádio e a televisão, Miguel Gaspar defende que esta revolução «é um bocadinho mais acelerada que as anteriores».

Logo, «nada melhor do que começar a partir da escola a familiarizar os miúdos com o ambiente em que vão crescer, socializar-se, arranjar emprego, informar-se e aprender».

Todavia, o jornalista acredita que «não deixou de fazer sentido continuarmos a querer saber de Luís de Camões», até porque a «Internet é uma extraordinária ferramenta de conhecimento».

Miguel Gaspar lamenta a «escassez de conteúdos em português» na Internet e apela a uma «política de língua e de cultura» nesta área. «Dão-se máquinas aos estudantes para acederem à net, mas não nos preocupamos em produzir para a web informação relevante para esses alunos», acrescenta.

A terminar o artigo, Miguel Gaspar, aconselha a «passar o paradigma da nossa estratégia para a Internet das máquinas para os conteúdos. Era uma boa descoberta. Valia um Magalhães».

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