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Bush agradece «apoio» a Sócrates

Por Portugal ter «ajudado» no Afeganistão e Iraque. Em seguida defendeu uma forte cooperação entre a UE e os EUA em prol da segurança mundial. Jornalistas tiveram direito a quatro minutos de declarações e não puderam fazer perguntas. Sócrates não falhou o «jogging» matinal

O presidente norte-americano, George W. Bush, e o primeiro-ministro português, José Sócrates, concordaram esta segunda-feira, em Washington, com a necessidade de uma forte cooperação entre a UE e os EUA em prol da segurança mundial.

Bush e Sócrates falavam a jornalistas no final do encontro de cerca de uma hora que mantiveram ao fim da manhã (hora local/mais 5 horas em Lisboa), na Casa Branca.

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Presidente norte-americano salientou a importância do «trabalho conjunto» entre os EUA e a União Europeia e agradeceu a José Sócrates o apoio de Portugal nas intervenções militares no Afeganistão e no Iraque.

Por seu lado, José Sócrates, que falou em inglês, disse que a sua primeira prioridade é manter «uma Europa forte e unida» e trabalhar «em estreita coordenação com os EUA a favor da estabilidade e da segurança mundial».

Sem direito a perguntas

Os dois dirigentes, que falaram na Sala Oval da Casa Branca, onde decorreu a reunião, dedicaram apenas cerca de 4 minutos a declarações públicas, no final do encontro, não tendo havido direito a perguntas dos jornalistas.

Na reunião entre Bush e Sócrates, estiveram presentes a secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, e o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros português, Luís Amado.

Na dupla qualidade de presidente em exercício da União Europeia e de primeiro-ministro de Portugal, Sócrates teve o seu primeiro encontro oficial com George W. Bush, não sem antes fazer o seu «jogging» matinal nos jardins do Lincoln Memorial, espaço que homenageia em Washington o 16º presidente dos EUA (Abraham Lincoln - 1809-1865).

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No domingo, primeiro dia da visita aos Estados Unidos, José Sócrates encerrou, no Smithsonien Institut, em Washington, a exposição sobre os Descobrimentos «Abraçando o globo: Portugal e o mundo nos séculos XVI e XVII», em que prometeu que o Governo de Lisboa «tudo fará» para a levar a Portugal.

Em declarações a jornalistas, no domingo, o presidente em exercício da UE considerou fundamental que União Europeia e Estados Unidos «olhem para o futuro» e deixem para trás as divergências em relação à intervenção militar norte-americana no Iraque.

«O mais importante é olharmos para o futuro», porque «Estados Unidos e Europa partilham um património de valores. A relação transatlântica está sempre no topo da agenda da política externa da União Europeia», declarou José Sócrates.

Em relação a George W. Bush, o primeiro-ministro fez questão de frisar que «é sempre bem-vindo a Portugal» e que os Estados Unidos «são um país amigo».

«A relação transatlântica esta sempre no topo da agenda da UE e de Portugal e é essencial para os Direitos do Homem e para a democracia no Mundo», salientou Sócrates.

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Sócrates disse ainda que iria informar o presidente dos Estados Unidos «sobre a agenda da União Europeia para os próximos meses», incluindo os temas do Afeganistão, Médio Oriente e Kosovo.

«Todas os pontos que apontei precisam de uma coordenação entre a União Europeia e os Estados Unidos», defendeu, adiantando que «o futuro constrói-se com uma cooperação cada vez mais intensa» entre os dois blocos políticos.

Durante o encontro, além de debaterem questões bilaterais (como a presença portuguesa na NATO), Sócrates e Bush tentarão aproximar as posições dos Estados Unidos e da União Europeia em relação ao processo de paz no Médio Oriente, ao estatuto futuro da província sérvia do Kosovo, ao relançamento das relações transatlânticas e às energéticas e ambientais.

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