O presidente do banco norte-americano Morgan Stanley recusou, pelo terceiro ano consecutivo, o bónus anual a que tem direito, numa altura em que as instituições financeiras têm estado debaixo de fogo pelos prémios exorbitantes pagos aos gestores, mesmo quando a sua gestão conduziu o banco a maus lençóis.
John Mack voltou a recusar o seu bónus por prever que o banco que lidera vai registar prejuízos no conjunto do ano. O gestor vai abandonar o cargo no final do ano e diz que não faria sentido receber o bónus no ambiente sem precedentes que se vive no sector financeiro norte-americano. Foi o primeiro banqueiro a abdicar voluntariamente do prémio este ano.
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O responsável começou a recusar os bónus em 2007, quando o Morgan Stanley registou o primeiro prejuízo sendo já uma empresa com capital público. A situação repetiu-se em 2008, quando o banco recebeu uma ajuda estatal de 10 mil milhões de dólares.
Esta foi uma das questões que ajudou a levantar a polémica em torno dos bónus da banca. A população norte-americana tem-se mostrado muito revoltada com os prémios milionários pagos a gestores de bancos, depois de se saber que, em muitos destes casos, a má gestão levou esses mesmos bancos à beira da falência.
Em 2008, quando a crise financeira estourou, muitas instituições financeiras necessitaram de ajuda pública para sobreviver. Mais de cem não conseguiram salvar-se e acabaram mesmo por fechar portas.
Os bancos que receberam ajuda estatal estão agora sujeitos a um maior controlo por parte dos reguladores e os prémios têm regras mais apertadas.
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