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Iraque: manifestações varrem Estados Unidos

Washington, Nova Iorque, Chicago, Miami, Los Angeles e S. Francisco assinam quinto aniversário da invasão

Uma vaga de manifestações varre esta quarta-feira os Estados Unidos no quinto aniversário da invasão do Iraque, com pontos fortes em Washington, Nova Iorque, Chicago, Miami, Los Angeles e S. Francisco.

Na capital federal foram bloqueadas simbolicamente as portas do edifício do IRS, em sinal de protesto contra o custo astronómico da guerra, calculado em 12 mil milhões de dólares/mês (mais de 7.670 milhões de euros) e com uma estimativa global que se aproximará de um trilião em 2018.

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«Semeámos a desordem no Iraque e vamos ter de pagar por isso durante gerações», queixou-se a activista Jody Evans, co-fundadora da organização de mulheres pacifistas Code Pink.

As suas correligionárias exibiam mensagens em que se lia «Acorda América» e «Sonho com o Fim da Guerra», sob fundo cor-de-rosa.

«Nem mais um dólar... nem mais um morto»

Outros manifestantes mostraram faixas mais radicais: «Nem Mais um Dólar», «Não Paguem a Guerra», «Nem Mais um Morto», «Acabou o Dinheiro para Crimes de Guerra» ou «EUA são os Primeiros Terroristas».

À entrada do edifício do IRS, um grupo de duas centenas de pessoas, na maioria jovens e reformados, trajou de verde, cor da esperança, e tocou música para animar o protesto.

Polícia fez 30 detenções quando os ânimos se exaltaram

A boa disposição cedeu a ânimos exaltados de alguns que, gritando «Mais Educação e Postos de Trabalho», franquearam as barreiras de segurança levando a polícia a efectuar três dezenas de detenções.

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A canalização dos recursos nacionais para a educação, saúde, habitação e postos de trabalho, em vez de para a guerra, foi pedida pela activista Martha Hennessy, de Baltimore, Maryland (leste).

Uma «mudança» na política do país foi a palavra de ordem de uma jovem de 23 anos de Minneapolis, Michigan (norte).

Tammy Welter, de Iowa (centro), acompanhada de estudantes, declarou ser responsabilidade dos cidadãos chamar a atenção dos políticos, por si eleitos, para as grandes preocupações nacionais.

A jornada em Washington foi ainda marcada pela «Brigada da Paz», formada por uma dúzia de avós que tricotaram malha para os soldados mutilados no Iraque, frente ao Ministério dos Antigos Combatentes.

Esta iniciativa, em que o lema era «Combater ao Terrorismo Sim, Lutar no Iraque Não», teve réplica em Nova Iorque.

JF

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