«Penso que é possível fazer um esforço adicional no reforço da cooperação, incluindo a cooperação empresarial. Eu sou defensor de parcerias estratégicas entre Portugal e os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP)», afirmou Cavaco Silva.
O ex-primeiro-ministro falava a jornalistas no final de um encontro de cerca de vinte minutos, em Lisboa, com Armando Guebuza, que termina quarta-feira uma visita oficial a Portugal.
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Cavaco Silva, que frisou ter mantido com o Presidente da República de Moçambique uma «conversa informal aberta e franca entre duas pessoas que se conhecem há muito tempo», disse estar convencido de que aquele país «será cada vez mais destino preferido dos portugueses» para turismo e para investimento.
Defendendo a melhoria das ligações aéreas entre os dois países, Cavaco Silva argumentou que «há que mostrar aos portugueses as condições favoráveis (em Moçambique), não só do ponto de vista económico, mas também da estabilidade política».
Questionado sobre que garantias dará para a resolução da questão de Cahora Bassa se for eleito Presidente da Republica, Cavaco Silva escusou-se a pronunciar-se em concreto.
«Quanto à questão em concreto, com certeza que está a merecer toda a atenção das autoridades portuguesas, mas compreende-se que sobre ela não me devo pronunciar», afirmou.
Cavaco Silva disse, no entanto, que «as relações entre Portugal e Moçambique constituem uma prioridade da política externa portuguesa, que é objecto de um largo consenso da parte de todas as forças políticas».
«Estou convencido de que será assim no futuro e que o Governo, a Assembleia da República e até os partidos da oposição estarão todos empenhados em favorecer relações mais estreitas entre Portugal e Moçambique», acrescentou.
No âmbito da visita a Portugal, Armando Guebuza encontra-se hoje com várias personalidades políticas e das finanças portuguesas, incluindo o ex-Presidente da República e também candidato presidencial Mário Soares.
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