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Paragem na construção em Espanha pode gerar falências em Portugal

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As expectativas para as vendas do sector da construção em Portugal são negativas para o primeiro trimestre de 2008, influenciadas pelas empresas do subsector retalhista, apesar de se prenunciar este ano o início de uma nova fase de crescimento, estima a Associação Portuguesa dos Comerciantes de Materiais de Construção (APCMC). Ainda assim, o sector está sujeito às condições internacionais, nomeadamente as pares em Espanha onde, se houver uma paragem brusca, poderá resultar em falências também deste lado da fronteira.

«O relativo sucesso alcançado na consolidação do défice público, por um lado, o crescimento do PIB estimado no final de 2007 em 1,8% e a maior dinâmica de crescimento no final desse período, são susceptíveis de criar condições mais favoráveis para o sector da construção e das obras pública», refere a associação.

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No entanto, esta considera que há ameaças, novas e velhas, que podem condicionar a evolução macroeconómica e sectorial e que se revelarão num prazo de quatro a seis meses. «Referimo-nos à crise financeira internacional e às suas consequências no crescimento dos países dos espaços económicos para onde se dirigem as nossas exportações, particularmente a Europa e os EUA».

Crescimento do sector dependente das alterações ao IMT e IMI

Para além disso, a APCMC diz que a estas ameaças acresce o problema particular da situação da nossa vizinha Espanha, que parece estar com dificuldades em gerir uma «aterragem suave» depois do longo período de crescimento elevado que viveu, impulsionado pelo crescimento da procura interna sobretudo do lado do sector da construção.

«A confirmar-se a paragem brusca do sector em Espanha, viremos a ser confrontados com o aumento da concorrência, mas também da ameaça do espectro de falência de muitas empresas nacionais e o regresso de muitas dezenas de milhares de trabalhadores portugueses que engrossarão as listas de desempregados».

Mas a associação realça que se deve pensar para além da conjuntura actual e que «daqui a um ano, os factores que sustentarão o crescimento do sector estarão muito dependentes daquilo que entretanto se fizer ao nível de adequar a fiscalidade que impende sobre o imobiliário e os seus rendimentos, à realidade do mercado presente e à capacidade económica das famílias».

E acrescentam: «A par com as necessárias correcções ao regime legal do arrendamento urbano, são as alterações aos regimes do Imposto Municipal sobre Transmissões (IMT) e do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) e mesmo as possibilidades de reflectir os investimentos em construção e renovação no IRS que irão determinar o crescimento do sector e o bem estar dos portugueses».

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