De acordo com o que disse José Martinez, da Comissão de Trabalhadores da Renault Portugal, à «Agência Financeira», «a redução tem vindo a ser feita, ao longo dos últimos dois anos foram 85 pessoas. Este ano, está planeada a redução de mais 30».
Números que diferem um pouco dos avançados pela empresa. Segundo disse o responsável pela comunicação da empresa, Ricardo Oliveira, à «Agência Financeira», a empresa está em negociações com 20 trabalhadores, sendo que «estas saídas deverão arrastar-se até ao final de 2008».
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«Estas reduções vão sendo feitas segundo a conveniência da empresa», disse o responsável, explicando que as mesmas são feitas «através de processos de negociação individual». A selecção dos trabalhadores a sair «teve como principal critério a idade».
Já José Martinez, embora admita que as reduções têm sido feitas através de rescisões amigáveis, garante que a empresa tem feito pressão sobre os trabalhadores que são escolhidos para saírem. «Chamam-nos e dizem que têm uma proposta. Se não aceitarmos avançam com procedimentos legais», diz, temendo um despedimento colectivo. A Renault tem estado a oferecer aos funcionários que saem uma indemnização de 1,6 a 2 salários por cada ano de trabalho, refere.
Portugal não é o único país onde a Renault está a proceder desta forma, o processo afecta também outros países da Europa, uma vez que «o objectivo é optimizar a estrutura e harmonizar a organização das filiais» no Velho Continente.
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