É que, diz quem sabe, «o TGV demora uma meia hora a embalar (ou seja, a atingir a velocidade cruzeiro) e, sempre que a linha não é relativamente recta, tem de desacelerar para uma velocidade semelhante à do comboio actual».
Por isso, «na ligação Lisboa-Porto, o caminho é todo aos ¿s¿, o comboio tem de reduzir velocidade frequentemente e só se ganha meia hora face à duração do percurso com o comboio actual. Endireitar o percurso implicaria um investimento tal, que não compensaria. Já no percurso Lisboa-Elvas, apesar de mais direito, e tendo em conta a curta distância, só se ganha uns 20 minutos», afirma ainda o ex-ministro das Finanças de Mário Soares.
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Por isso mesmo, Medina Carreira diz que «não faz sentido um TGV em Portugal, vai endividar-nos inutilmente, não é para um país como o nosso, nem pela sua dimensão, nem pela sua riqueza».
O dinheiro, lembra, podia muito bem ser gasto em algo mais premente, como a reforma do Estado ou a sua informatização.
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