Segundo o BPI, as acções do grupo liderado por Pereira Coutinho podem mesmo ressentir-se com esta nova ameaça.
Há muito que se fala na chegada dos carros de marca chinesa. Primeiro foi o empresário Hipólito Pires, que liderava a Sociedade Hispânica de Automóveis (SHA), que durante anos representou a Seat em Portugal, a demonstrar interesse em importar a marca chinesa Geely para os mercados português e espanhol. Depois, a empresa espanhola Sino Motors disse também estar a preparar a introdução nos dois países da marca Jiangling, também proveniente da China. A marca está já nos mercados alemão e belga com um todo-o-terreno.
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Diversos agentes do mercado automóvel alertaram desde logo que a introdução de veículos chineses na Europa vai colocar uma pressão adicional sobre as marcas tradicionais europeias, nomeadamente no que tem a ver com os segmentos mais baixos, para que também elas baixem os preços.
É isso mesmo que alerta o BPI. No Iberian Daily, os analistas do banco consideram que a entrada dos modelos chineses em Portugal terá um impacto negativo na SAG, precisamente porque aumentará a concorrência, através dos preços muito baixos.
Apesar do alerta, o BPI mantém a recomendação de compra para as acções do grupo, com um preço alvo de 2 euros, o que, face aos 1,72 euros a que cota esta tarde, representa um potencial de valorização de 15%. As acções da SAG seguem a perder 2,27%, tendo transaccionado pouco menos de 29 mil títulos.
Esta manhã, o «Diário Económico» garante que, no Verão, os portugueses poderão já escolher comprar dois modelos de carros chineses, ambos da marca Geely, mas adianta que a sua representação está a ser disputada por Hipólito Pires e Fernando Martorell, presidente da Associação do Comércio Automóvel de Portugal (ACAP) e da Santogal.
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