O acordo, que abre caminho à instauração da flexigurança na Europa, ficou hoje selado, depois de um encontro entre representantes das confederações patronais e sindicais europeias, que alinharam estratégias em torno da modernização do mercado de trabalho.
José Sócrates abriu a conferência de imprensa anunciando aos jornalistas que «este é um dia de boas notícias», e anunciando que, depois deste «acordo histórico», a presidência portuguesa poderá apresentar em Dezembro uma proposta sobre a modernização do mercado de trabalho.
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Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia, e que secundou Sócrates neste encontro com os jornalistas, fez questão de frisar «o consenso quanto ao modo como a Europa pode responder aos grandes desafios da globalização», sublinhando que os parceiros sociais deram «um passo muito importante»: «É uma Europa que se adapta, que reconhece que há um mundo mais competitivo, e ao mesmo tempo uma Europa que quer manter os princípios sociais».
«A mudança é uma condição para a segurança, e é também com segurança que podemos operar uma mudança no sentido mais flexível», disse o presidente da Comissão Europeia.
Princípios adaptados por cada país
Questionado pelos jornalistas como se irá comprovar a aplicação da flexigurança, o primeiro-ministro frisou que a aplicação dos princípios «dependerá de cada país». Em Portugal, haverá «um debate sobre esses princípios e a aplicação dos mesmos». Contudo, Sócrates fez questão de frisar, que desta reunião tripartida, «saiu um caminho claro» para a modernização do mercado de trabalho europeu.
Para o representante das confederações patronais, Antoine Seillère, «o importante é transformar os princípios da flexigurança em realidade». Já pelos sindicatos europeus, John Monk, afirmou que a palavra chegou a ser «sinónimo de flexibilidade», mas agora, ressalva, tomou «o caminho certo».
O primeiro-ministro foi posteriormente questionado sobre a manifestação da CGTP, que prepara um encontro à porta da cimeira informal, no Parque das Nações, e fez questão de sublinhar que o acordo alcançado sobre a flexigurança foi assinado pelos sindicatos europeus, que aliás não marcam presença neste protesto.
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