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Villas-Boas e o negócio do Dragão: «A dez dias das eleições, é grave»

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Candidato à presidência do FC Porto admite que «apesar de o parceiro ser bom», a venda de 30 por cento dos direitos económicos a 25 anos é um «indicador de falência operacional»

O candidato à presidência do FC Porto, André Villas-Boas, considerou esta quinta-feira que o acordo anunciado na tarde desta quinta-feira pela SAD do FC Porto, para a venda de 30 por cento dos direitos económicos do Estádio do Dragão nos próximos 25 anos, é, «apesar de o parceiro ser bom», um «indicador de falência operacional».

«Acho que vai em linha com o que temos discutido nestas conversas. Porquê a pressa? A venda de 30 por cento de direitos comerciais do FC Porto custa-nos muito. Porque mais uma vez, apesar de o parceiro ser bom, é um indicador de falência operacional e de encaixe. Ou seja, quando se vende algo que não se tem necessidade de vender, ou se vende por incompetência de exploração desses direitos comerciais, ou por necessidade operacional. Isso custa-nos muito, a aceleração desses processos, sem pôr em causa a qualidade do parceiro. É comum, mas é um sinal que nos preocupa. É mais uma aceleração de processo ao qual esta direção estará de frente», disse André Villas-Boas, ao final desta tarde, à margem da apresentação de Andoni Zubizarreta e de Jorge Costa como homens para a estrutura do futebol do FC Porto, na sua sede de campanha.

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«Teremos de conhecer as pessoas quando lá chegarmos, perceber os porquês. Poderiam ou não ter outro valor as receitas comerciais do FC Porto, tivesse outra gestão estado a coordená-las, potenciando-as de outra forma? Quando se vende por inoperância custa e quando se vende a dez dias das eleições, é grave também para os sócios», concluiu Villas-Boas.

A SAD do FC Porto anunciou que chegou a acordo para a venda de 30 por cento dos direitos económicos do Estádio do Dragão nos próximos 25 anos. O anúncio foi feito em comunicado à CMVM.

A compra foi feita pela Ithaka, uma empresa espanhola, com a Key Capital Partners como consultora financeira e estratégica da parceria.

O acordo inclui o espaço corporate, os sponsors, a bilhética, os naming rights do estádio, o Museu e as visitas ao Dragão, bem como organização de eventos.

Villas-Boas respondeu ainda sobre as preocupações que tem sobre o possível incumprimento do fair play financeiro da UEFA, negado no início desta semana pelo FC Porto. O candidato à presidência e antigo treinador deixou reparos e questões ao comunicado da SAD.

«É falso que incumpriu em determinados períodos e não noutros períodos e essa é que é a questão e faltam respostas aí. Estamos muito preocupados, as perguntas são essas. Houve ou não incumprimento, há ou não há uma coima a caminho e há ou não há um perigo de suspensão? Há essas questões e o que nos parece é que poderá haver uma surpresa negativa a caminho, o que é muito grave por parte da direção», disse.

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