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BPP: «Não teria ficado 8 meses sem resolver»

«Governo falhou rotundamente» ao não resolver o problema dos clientes nem o da confiança no sistema bancário, acusa Ferreira Leite

Os casos BPN e BPP estiveram em cima da mesa na entrevista que a líder do PSD deu esta quarta-feira à SIC e SIC Notícias, na qual acusou o Governo de falhar «rotundamente» ao não resolver o problema dos clientes e «ter ficado oito meses sem fazer nada».

Questionado no programa dia D sobre o que faria se fosse Governo, Ferreira Leite garantiu que «seguramente não tinha estado oito meses sem resolver (...) não só o problema das pessoas, mas do sistema bancário».

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«Compete às instituições e também ao Governo defender o sistema bancário» porque «se há coisa em que é necessário confiar na totalidade é numa instituição bancária». «O sistema bancário só funciona se houver confiança; sem confiança não existe».

«É verdadeiramente impensável que as pessoas tenham depósitos de retorno absoluto, sobre os quais pensavam que não havia risco» e agora «não tenham o dinheiro».

«Muitos dependem desse investimento para subsistir», sublinhou Ferreira Leite, que insistiu na «manutenção da confiança das pessoas que entregaram o seu dinheiro ao banco. Se não fazemos nada para manter a confiança ficamos numa situação muito perigosa».

Já sobre o caso BPN, a líder do PSD reiterou que o seu partido defendia «outra caminho». «Havia outras formas de ter resolvido o problema para além da nacionalização», disse ainda, escusando-se a fazer «juízos de valor sobre as pessoas» quando confrontada com a atitude de Dias Loureiro que só abandonou o lugar de conselheiro de Estado meses depois das primeiras suspeições sobre a sua actuação no banco.

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Já sobre os «constrangimentos» causados pelo antigo conselheiro de Estado, Ferreira Leite que os mesmos só podem ser «avaliados pelo Presidente da República».

Sobre o governador do Banco de Portugal, a líder do PSD não quis «julgar» uma eventual demissão. «Isso é um problema pessoal; eu não julgo ninguém; mas teria feito bem em assumir que houve falhas na supervisão. Tal não significa demissão, mas admitir o erro».

Avaliando o trabalho da comissão de inquérito ao caso BPN como «prestigiante» para o Parlamento, Ferreira Leite considerou que «houve falhas na supervisão» e que só pode concluir que, deste processo, que «a imagem do Banco de Portugal sai afectada. E o governador, como responsável, também».

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