Há pessoas que se fazem passar por agentes da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), com o objectivo de «extorquir dinheiro», disse um porta-voz do organismo ao Correio da Manhã. Vários casos já estão a ser investigados.
«As autoridades têm detectado vários casos de falsos inspectores da ASAE que, sob essa falsa identidade, têm tentado extorquir dinheiro às pessoas», disse Manuel Laje, ao diário, referindo que este é um problema que se verifica em várias zonas do país e que terá aumentado com o maior mediatismo da instituição.
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Um dos casos que foi apontado pelo porta-voz terá ocorrido em Faro, «numa pastelaria», e está a ser investigado pela PSP. O organismo fiscalizador, por seu lado, também está a tomar providências. «Face à gravidade dos factos a ASAE vai investigar o que realmente se passou», disse Manuel Laje ao Correio da Manhã (CM), adiantando que caso se verifique que existem inspectores envolvidos «serão alvo de processos disciplinares».
De acordo com o CM, este caso ter-se-á passado quarta-feira à noite, quando três homens, «com sinais nítidos de embriaguez», depois de terem sido interpelados por um chefe da PSP, terão dito que eram inspectores da ASAE. «Os indivíduos chegaram ao local em duas viaturas, que estacionaram no meio da via pública, impedindo o trânsito», disse uma testemunha citada pelo jornal, acrescentando que depois se recusaram retirar os automóveis do local e terão entrado na pastelaria e insultado clientes e empregados.
Uma das testemunhas citadas pelo CM afirma que os indivíduos terão mesmo ordenado à proprietária do estabelecimento para despedir um funcionário e que lhe terão dito em seguida: «Se não voltamos cá amanhã e fechamos-lhe a porta».
Os homens terão abandonado rapidamente o local quando se aperceberam que um carro da polícia estava a chegar. O chefe da PSP que os interpelou anotou contudo as matrículas dos carros, segundo algumas testemunhas.
Um outro caso passou-se em Viseu e terminou com a detenção de um homem com cerca de 40 anos, que tentou burlar um barbeiro, alegando ter «relações privilegiadas» com a ASAE.
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