O dinheiro ilegal aplicado num ano nas casas de alterne portuguesas dava para pagar a nova auto-estrada entre Amarante e Bragança. É «a maior vergonha do Estado», denuncia o presidente do Sindicato das Carreiras de Investigação e Fiscalização do SEF.
Segundo Gonçalo Rodrigues é essencial que o Executivo liderado por José Sócrates «regulamente a actividade das casas de alterne para acabar os abutres do dinheiro», disse em declarações à TSF.
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O responsável garante que existem já cerca de mil casas de alterne que, ao todo, exploram entre 30 a 40 mil mulheres ilegais e deixa o alerta: «num só ano, os impostos não liquidados, que não passam pelos crivos do Estado, davam para pagar a auto-estrada entre Amarante e Bragança», cujo orçamento global supera os 700 milhões de euros.
«Ninguém tem mão nos rios de dinheiro que fogem», diz ainda Gonçalo Rodrigues que sublinha que a entidade patronal fica sujeita a coimas superiores a dois mil euros por cada trabalhador estrangeiro encontrado em situação ilegal.
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