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Por que é que Portugal não ardeu

Governo diz que houve uma «excelente coordenação política e operacional»

O ministro da Administração Interna sustentou hoje que «o que tem acontecido de positivo» na prevenção e combate aos fogos florestais «não decorre da sorte», mas sim da «excelente coordenação política e operacional» do sistema este ano.

«Em 2002, o risco de incêndio era idêntico e o número de fogos e a extensão de área ardida foi cerca de 10 vezes superior, pelo menos», frisou Rui Pereira.

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O ministro, que falava no decorrer de uma visita de trabalho ao Centro Distrital de Operações de Socorro de Viana do Castelo, ressalvou, no entanto, que o balanço da época de fogos só será feito a partir de 15 de Outubro.

«Mas a excelente coordenação política e operacional, sob a tutela da Autoridade Nacional de Protecção Civil, leva-nos a crer que poderemos fazer um balanço positivo», acrescentou.

Segundo Rui Pereira, os meios actualmente disponíveis para a primeira intervenção - 52 meios aéreos, 9.500 homens e mais de 2000 viaturas - «são suficientes». «Nunca dispusemos de tantos meios», disse.

Rui Pereira sublinhou também o facto de «esta ser a primeira vez» que a distribuição dos meios foi antecedida de um estudo sobre as necessidades e especificidades de cada distrito.

Novas tecnologias de combate aos fogos

Investigadores da Universidade de Coimbra estão a testar na Serra da Lousã uma tecnologia inovadora na prevenção e combate de incêndios, que assegura a cobertura de zonas remotas e alta capacidade na transmissão de dados.

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Desenvolvida na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) no âmbito do projecto europeu WEIRD (WiMax Extension to Isolated Research Data Networks), a aplicação está a ser testada na prevenção e monitorização de incêndios na Serra da Lousã, segundo uma nota divulgada hoje por esta instituição.

Trata-se de uma melhoria da tecnologia WiMax (acesso à Internet sem fios) e suporta a «transmissão de imagens de vídeo e parâmetros meteorológicos das torres de vigilância para o Centro de Coordenação da Protecção Civil».

Assegura ainda «a comunicação de voz entre os elementos da brigada de combate a incêndios e o centro de coordenação, emissão de imagens de vídeo e comunicação de voz entre os helicópteros da brigada de combate a incêndios e o Centro de Coordenação, e envio de informação ambiental como temperatura, direcção do vento e humidade, recolhidas por sensores distribuídos em zonas de difícil acesso».

O coordenador do projecto, Edmundo Monteiro, disse à agência Lusa que a tecnologia está a ser testada actualmente na prevenção e monitorização e que, no próximo Verão, será experimentada no combate de incêndios.

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«Os métodos actualmente utilizados na prevenção de incêndios, vigilância humana e vídeo-vigilancia apresentam problemas relacionados com o custo e com a dificuldade de ter uma cobertura suficientemente abrangente das áreas em risco», observa.

De acordo com o professor catedrático da FCTUC, «são várias as limitações das tecnologias de comunicação sem fios utilizadas normalmente - GSM/GPRS/3G - em termos da qualidade das imagens transmitidas e da dificuldade de utilizar comunicações de rádio para transmissão de vídeo em zonas montanhosas».

«A tecnologia WiMAX permite satisfazer os requisitos dos sistemas de prevenção e emergência, nomeadamente a transmissão de dados em alto débito (vídeo e imagens de alta resolução), a comunicação sem fios a distâncias elevadas em que não existe linha de vista entre os pontos em comunicação e, finalmente, o suporte de comunicação sem fios em ambientes móveis», refere Edmundo Monteiro.

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