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Lisboa: Carmona admite sair

Caso Fontão de Carvalho, vice-presidente, seja constituído arguido

[Artigo actualizado às 16:50]

Carmona Rodrigues, presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML), assumiu esta segunda-feira, durante a reunião com os cabeças de lista dos vários partidos com assento na autarquia, que se demite caso o vice-presidente, Fontão de Carvalho, seja constituído arguido no processo da Bragaparques. A notícia avançada esta terça-feira pelo jornal Público e pela Rádio Clube foi também confirmada pelo PortugalDiário junto de fonte municipal.

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O encontro com os vereadores demorou cerca de quatro horas e, no final, ninguém quis falar aos jornalistas. Recorde-se que o cenário de eleições antecipadas tem sido afastado pela maioria dos partidos da oposição.

Maria José Nogueira Pinto, do CDS-PP, tem vindo a defender, publicamente, um pacto entre toda a vereação para evitar as eleições intercalares. Ruben de carvalho, do PCP, admitiu a ida a votos, apenas se mais algum vereador do executivo municipal for constituído arguido. O PS também ainda não exigiu eleições, apesar do nome de João Soares, já ter sido referido como uma boa hipótese para nova votação.

Já José Sá Fernandes, vereador do Bloco de Esquerda, exige a demissão do executivo e quer eleições antecipadas para a capital.

No entanto, a demissão de Carmona Rodrigues pode não significar uma ida antecipada a votos. Fonte da autarquia contactada pelo PortugalDiário assume como possível que o presidente seja substituído por outro nome do PSD.

Há condições para continuar

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Já durante a tarde Carmona Rodrigues reiterou, em declarações à Lusa, ter condições para governar a autarquia, depois das buscas da PJ e da constituição como arguida da vereadora do urbanismo, Gabriela Seara.

«Nós sentimos que temos condições para governar, temos um sentido de responsabilidade perante os eleitores e a cidade de Lisboa», disse Carmona Rodrigues aos jornalistas à saída de um encontro com empresários, na capital.

«Não se afigura nenhum desses cenários e não trabalhamos com base em cenários», disse, quando questionado sobre a possibilidade de se demitir se o vice-presidente da CML fosse constituído arguido.

Carmona Rodrigues adiantou apenas: «Se acontecer, logo se verá».

O autarca disse ainda que na reunião de segunda-feira, que decorreu à porta fechada, foi «essencialmente analisada a situação política de Lisboa», sublinhando que tinha sido acordado entre todos os vereadores que não haveria declarações à imprensa.

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