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Carmona em silêncio

CML reage a notícias de que Fontão terá sido acusado de peculato

Maria José Nogueira Pinto, vereadora da Câmara Municipal de Lisboa eleita pelo CDS-PP, remeteu hoje para o presidente da autarquia, Carmona Rodrigues, qualquer esclarecimento sobre as consequências da possível acusação de peculato contra o vice-presidente Fontão de Carvalho.

«Até o presidente se pronunciar, não direi nada sobre esse assunto», afirmou hoje a vereadora à Lusa, à saída de uma reunião camarária sobre a requalificação da Baixa lisboeta.

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Abordado pela Lusa na mesma ocasião, o presidente da câmara recusou-se a falar.

Sem especificar nomes, o Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) anunciou hoje que cinco pessoas foram acusadas em co- autoria do crime de peculato no âmbito do caso «prémios pagos a administradores da EPUL».

Na sua edição on-line de hoje, o Expresso noticiou que os acusados do crime de peculato são o vice-presidente da Câmara de Lisboa, Fontão de Carvalho, a ex-vereadora do Urbanismo Eduarda Napoleão, Arnaldo Carvalho João (administrador da EPUL) e os ex- administradores da empresa municipal Aníbal Cabeça e Luísa Amado.

Carlos Chaparro, da CDU, afirmou hoje à Lusa que não será por Fontão de Carvalho ser também arguido que os comunistas vão «exigir a demissão da Câmara».

«Se for verdade, a maioria fica mais fragilizada», admitiu, mas «isso não exige eleições, embora seja um cenário que neste momento não se exclui».

Várias fontes do PSD contactadas pela Lusa manifestaram-se hoje surpreendidas por Fontão de Carvalho ter sido acusado, garantindo que o autarca nunca informou o partido de que seria arguido.

«Estou até um pouco incomodado porque não quero acreditar que o vice-presidente tenha omitido isso», disse hoje à Lusa o vereador Sá Fernandes, eleito pelo Bloco de Esquerda. «Até se ir a julgamento há uma presunção de inocência, mas a omissão de que era arguido é o facto político mais relevante», sublinhou o vereador bloquista.

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