Lamas do tratamento de águas podem servir construção civil e estradas

As lamas provenientes do tratamento da água que abastece um terço dos portugueses vão servir para fazer tijolo e tratar águas residuais, e no futuro poderão estar até na construção civil e nas estradas. Primeiro, foram feitos testes na indústria cerâmica e foram feitos tijolos. Depois, as lamas foram testadas no tratamento de águas residuais, por contribuírem para a remoção de contaminantes, podendo também ser usadas com a mesma função no tratamento de efluentes, por exemplo da indústria têxtil. E o sonho não para. “Temos neste momento trabalhos a serem desenvolvidos para mais dois setores, queremos que estes materiais, e vamos conseguir demonstrá-lo, possam ser utilizados em prefabricados ligeiros de betão, blocos de cimento por exemplo, e também ao nível da aplicação em massas asfálticas”, disse à Lusa Pedro Fontes, diretor de inovação e desenvolvimento da EPAL, a empresa do grupo Águas de Portugal que abastece 3,8 milhões de pessoas, a maior parte servidas pela albufeira de Castelo de Bode e Estação de Tratamento de Águas (ETA) da Asseiceira.