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Norte não quer «ajudar a pagar» o novo aeroporto de Lisboa

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Rui Rio responde ao secretário de Estado

O presidente da Junta Metropolitana do Porto e da Câmara Municipal do Porto, Rui Rio, acusou o Governo de querer uma gestão aeroportuária em rede para ajudar a pagar o novo aeroporto de Lisboa.

«O aeroporto Francisco Sá Carneiro vai ajudar a pagar o novo aeroporto de Lisboa. Com a privatização da ANA, a prioridade vai ser pagar esse investimento e não vai haver preocupação com a economia regional», disse, antes da conferência «Aeroporto Sá Carneiro: a sua importância para o Norte», na qual foi moderador, esta quarta-feira, no Porto.

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Rui Rio respondia às declarações do secretário de Estado adjunto das Obras Públicas, Paulo Campos, que afirmou, esta terça-feira, que o sistema de aeroportos português deve «ser gerido em rede e não de forma autónoma». «Ele tem direito à sua opinião, mas ainda não existe opinião oficial do Governo. Não precisávamos da sua opinião para perceber o que o Governo quer», comentou.

Unanimidade nortenha contra privatização da ANA

Acerca do «sobrecusto de dez por cento», também apontado por Paulo Campos, o presidente da JMP recordou que «a Sonae, a Mota-Engil e a Soares da Costa concorreriam ao modelo de gestão autónoma» que várias instituições do Norte propõem. «E acho que eles sabem fazer contas», ironizou.

«Percebo que é difícil para o Governo investir largos milhões no novo aeroporto de Lisboa, mas é preciso fazer alguma coisa. Há um grande consenso, para não dizer unanimidade, no Norte: queremos uma gestão independente», reforçou.

O concurso internacional para a privatização da ANA - Aeroportos vai avançar já em Abril, segundo o ministro Mário Lino, e o capital a alienar será de mais de 50 por cento. «Para nós, o monopólio privado é difícil de entender. Se a opção do Governo fosse continuar com o monopólio público, não existiria este movimento», garantiu Rui Rio.

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«Finalmente o Norte está todo junto»

Durante a conferência, o presidente da JMP salientou o voto «por unanimidade» do Conselho Regional do Norte, que reúne todos os presidentes de Câmara da região, a favor da gestão autónoma do Sá Carneiro. De seguida, Pedro Quelhas de Brito, da Faculdade de Economia do Porto, recordou que «um aeroporto novo vai sugar todos os outros», garantindo que «o monopólio público prejudica menos que o monopólio privado», ainda que o ideal seja uma parceria público-privada, para aumentar a concorrência.

O presidente da Associação Industrial do Minho, António Marques, fez questão de sublinhar que «finalmente o Norte está todo junto numa estratégia» e que «se a decisão dos aeroportos estiver em Lisboa, ela não é neutral».

Já o vice-presidente da Associação Empresarial de Portugal também contrariou o secretário de Estado, que tinha garantido que «a grande maioria de países faz uma gestão de aeroportos em rede». «França, Inglaterra, Itália são alguns exemplos do modelo que pretendemos», disse Paulo Nunes de Almeida, opinião corroborada por Rui Rio e por Quelhas de Brito.

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