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Gulbenkian: fila de duas horas durante a madrugada

Exposição de Amadeo Souza-Cardoso foi uma das mais visitadas de sempre na fundação

Cerca de mil pessoas aguardavam esta madrugada, numa fila de duas horas, para visitar a exposição de Amadeo Souza-Cardoso, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, que termina às 24:00 de hoje, noticia a agência Lusa.

Inaugurada a 14 de Novembro de 2006, a exposição tem sido uma das mais visitadas de sempre na Fundação Gulbenkian, com 85.000 entradas registadas até às 01:00 de hoje.

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Como um prolongamento da mostra está «completamente fora de questão», devido a compromissos com os proprietários das obras, a Fundação Gulbenkian decidiu alargar os horários e a exposição está aberta ininterruptamente desde as 10:00 de sábado até às 24:00 de domingo, disse à Lusa o director-adjunto dos Serviços Centrais, Celso Matias.

Segundo aquele responsável, esta «maratona inédita superou todas as expectativas».

Entre as 10:00 de sábado e as 01:00 de hoje a bilheteira vendeu ou ofereceu 6.500 bilhetes e a Fundação espera atingir os 100.000 visitantes nos dois meses de exposição, disse à Lusa Leonor Vaz, de Gabinete de Comunicação da Gulbenkian.

Às 01:00 de hoje, o tempo de espera para entrar na exposição era de cerca de 90 minutos, sem contar com a fila para comprar bilhete, que era de mais 30 minutos.

Filas idênticas existiam na Cafetaria e no Bengaleiro, pois é proibida a entrada na exposição com malas e carteiras.

Mas quem visitou a mostra durante a tarde de sábado chegou a esperar três horas e meia para ver as obras de Amadeo Souza-Cardoso.

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Para acompanhar esta maratona, a Fundação Gulbenkian tem sempre em permanência cerca de 50 funcionários.

Acabado de sair da exposição às 01:40, José Maria, de nove anos, parecia cansado mas satisfeito com a mostra, onde encontrou «quadros parecidos com os de Picasso».

Segundo a mãe, Madalena, a exposição valeu o esforço de esperar duas horas e a redução nas horas de sono.

Ainda na fila, mas quase a chegar à «meta», estava Rudolfo, que já de manhã estivera na Fundação com a namorada e a mãe, mas que decidira aguardar pela meia-noite para ver se a espera diminuía. «Não está melhor», sentenciou Raquel, a namorada.

Na cauda da fila, Álvaro dos Santos conferenciava com os quatro amigos com quem decidira fazer uma visita nocturna à Gulbenkian se valia a pena a espera.

Mas a decisão já parecia certa: «É raro ver tanta obra junta de Amadeo Souza-Cardoso, acho que se justifica esperar».

A exposição reúne cerca de 260 obras do pintor português e de 36 artistas internacionais seus contemporâneos, entre os quais Modigliani e Picasso.

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