A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) decidiu este sábado retirar o Uruguai da lista negra dos paraísos fiscais, um dia após ter incluído este país, juntamente com a Malásia, costa Rica e as Filipinas.
Em comunicado, a organização, que divulgou a lista negra na quinta-feira a pedido dos responsáveis do G20, reunidos em Londres, explicou que a decisão surgiu após o Uruguai se ter comprometido a cumprir as regras da OCDE em matéria fiscal.
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«A OCDE saúda hoje a adopção formal pelo Uruguai das normas de transparências e de intercâmbio de informações em matéria fiscal», diz a organização em comunicado, citada pela agência Lusa.
O Governo e as autoridades bancárias do Uruguai vieram a público afirmar que a OCDE errou ao colocar o país na lista negra dos paraísos fiscais, onde figuram os Estados não cooperantes.
Cooperação acima de tudo
Entretanto, a OCDE afirmou publicamente que o Uruguai já afirmou que irá cumprir os critérios internacionais.
«O Governo está a trabalhar e a trocar informação com a OCDE para melhorar a posição do Uruguai», afirmou o ministro da Economia, Álvaro Garcia, que sublinhou no entanto que o «Uruguai não é um paraíso fiscal».
O ministro da Economia do Uruguai enviou uma carta para Angel Gurria, secretário-geral da OCDE, afirmando que «o Uruguai apoia os critérios de transparência e de troca de informação da OCDE».
«Estou satisfeito que o Uruguai se junte ao crescente número de países que está disponível para cooperar na luta contra a evasão fiscal e outros abusos fiscais», afirmou Angel Garcia.
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