[Notícia actualizada às 19:41]
A Galp Energia anunciou esta quarta-feira que registou um lucro líquido ajustado de 101 milhões de euros, menos 52,7% face ao mesmo período do ano passado.
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Em igual período do ano passado, a Galp obteve resultados líquidos de 214 milhões de euros. Os analistas estimavam um lucro de 102,7 milhões de euros, no período em análise.
Para o presidente-executivo da petrolífera estes «maus resultados» devem-se, essencialmente, a três factores na economia mundial: quebra no consumo de combustíveis, quebra no preço do crude e grande instabilidade na margem de refinação, face aos primeiros seis meses de 2008.
Em simultâneo a paragem de 35 dias da refinaria de Sines, «que representa dois terços da produção» da Galp no país, «afectou ainda mais os resultados», explicou o Manuel Ferreira de Oliveira.
De Janeiro a Junho, as receitas baixaram 58,4% para os 132 milhões de euros, enquanto o EBITDA caiu 37,55% para os 281 milhões de euros.
A Galp perdeu ainda 2.000 milhões de euros no volume de vendas, face ao homólogo, mesmo com a aquisição da Esso e da Agip a reforçar a posição da Galp no mercado espanhol, onde detém uma cota de mercado na ordem dos 15%, sendo o terceiro maior operador.
Mesmo com os prejuízos, a Galp vai manter os seus investimentos no mercado ibérico, brasileiro (Tupi) e africano (Tômbua-Lândana). Ao mesmo tempo, está tudo a postos para o arranque, no primeiro semestre de 2011, das refinarias do Porto e Sines, onde prevê, «a existência de 5.000 trabalhadores, na sua maioria portugueses, no pico do trabalho».
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