As transportadoras de passageiros de Lisboa estão preparadas para utilizarem biocombustíveis nas suas frotas, indo de encontro a objectivos do Governo, mas exigem do Executivo incentivos que tornem os biocombustíveis mais baratos que o gasóleo, diz a «Lusa».
Em meados de Janeiro, o Governo aprovou uma resolução em que assume a meta de aumentar dos actuais 5,75 por cento para 10 por cento a incorporação de biocombustíveis (com origem em fontes renováveis) nos combustíveis fósseis até 2010, mas, no que diz respeito a incentivos, prevê apenas o apoio à produção, sem contemplar a redução do preço de venda.
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Carris, Vimeca e Rodoviária de Lisboa (RL), empresas de transportes públicas contactadas pela «Lusa», estão «despertas» para a questão e têm na redução de emissões de dióxido de carbono (CO2) uma preocupação, mas entendem que se o Governo optar por não favorecer o preço dos biocombustíveis no consumo, as transportadoras saem prejudicadas por terem de suportar sozinhas todos os custos inerentes à adaptação das frotas.
O Ministério das Finanças esclareceu, entretanto, via e-mail, que «o incentivo aos biocombustíveis é uma medida fiscal (isenção, total ou parcial, de Imposto Sobre Produtos Petrolíferos para a produção de biocombustíveis) que visa precisamente apoiar a produção/incorporação deste produto, em substituição dos combustíveis fósseis e não propriamente fazer baixar o preço final dos combustíveis».
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