O Bloco de Esquerda não gostou que a maioria da Câmara de Lisboa ordenasse a retirada do cartaz publicado, na quinta-feira, pelos quatro «Gato Fedorentos», no Marquês de Pombal. O outdoor foi retirado ao início da manhã desta sexta-feira. Para os bloquistas a remoção foi «extraordinariamente célere».
Em comunicado, o partido manifesta o «protesto» e estranha a «espantosa complacência no que diz respeito à mensagem contida no outdoor do Partido Nacional Renovador». A Câmara de Lisboa informou que o PNR já foi notificado para proceder à remoção voluntária do cartaz, já que o mesmo está em avançado estado de degradação.
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Já os «Gatos» não puderam ser notificados devido à inexistência de uma pedido de licença, segundo explicou a Câmara de Lisboa. O Bloco contesta este argumento referindo que a identidade dos autores é pública e como tal poderiam ser notificados e esclarecidos sobre os procedimentos a adoptar.
A Câmara é acusada de ter dois pesos e duas medidas por assumir uma «intransigência legalista» ao remover o outdoor, «atitude inversa à assumida na nomeação de um administrador para a EPUL, sem que previamente averiguasse a sua compatibilidade».
O Bloco de Esquerda esclarece ainda que chegou mesmo a enviar, ontem à noite, uma mensagem electrónica a Carmona Rodrigues, com o conhecimento do vereador António Proa, a solicitar que os «Gatos» fossem contactados antes da retirada do cartaz. Em vão. A resposta humorística ao cartaz do PNR esteve exposta apenas um dia.
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