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Árctico aquece até aos 22 graus

Subida de temperaturas ameaça gelo que cobre o Pólo Norte

Em Lisboa ou no Porto uma temperatura de 22 graus seria considerada amena, mas quando registada no Árctico, como aconteceu este Verão, a preocupação relativamente aos perigos do aquecimento global aumenta. Estes dados foram registados na ilha de Melville, por cientistas canadianos da Universidade Queen. Preocupante foi também o registo que recolherem de dados relativos ao degelo marítimo na região, os mais altos registados de sempre.

As altas temperaturas foram recolhidas durante uma expedição, em Julho. «Isto é excepcional para um lugar onde a temperatura média normal ronda os 5ºC», disse ao jornal britânico The Independent Scott Lamoureux, professor de Geografia na universidade canadiana, acrescentando: «Este ano registámos frequentemente temperaturas durante o dia entre 10ºC e 15ºC e em alguns dias chegou aos 22ºC».

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«Mesmo temperaturas de 15ºC são mais altas do estaríamos à espera e ainda assim registámo-las durante um período de 10 a 12 dias, em Julho. Não saberemos dos registos de Agosto e Setembro até ao próximo ano, quando voltarmos, mas parece que a região continuou a aquecer durante o Verão», disse o cientista.

Estas temperaturas provocaram deslizamentos que Scott Lamoureux descreveu como «catastróficos», tal como o degelo da região.

De acordo com o jornal britânico, outras partes do Árctico também assinalaram temperaturas demasiado altas para a época, o que pode indicar que o fenómeno da subida de temperaturas está a afectar toda a região do Pólo Norte.

Walt Meir, um cientista norte-americano do Centro de Dados de Neve e Gelo do EUA, disse ao The Independent que as temperaturas registadas em Junho, Julho e Agosto na região estavam entre «3ºC e 4ºC» acima do normal, «de forma particular no norte da Sibéria», onde estiveram «4ºC a 5ºC» acima do esperado.

Meir sublinhou ainda o preocupante desaparecimento do gelo no mar, que se acentuou «rapidamente» na Primavera e Verão. E um outro cientista da sua instituição, Mark Serreze, disse que será possível assistir a um «Oceano Árctico sem gelo no Verão durante o tempo das nossas vidas». «As consequências... são perturbadoras», disse.

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