Os banqueiros estão prontos para apresentar soluções que possam ajudar a fintar a crise. «Até estão a subsidiar a compra de habitação», avançam os líderes dos maiores bancos portugueses.
Reunidos na conferência «Os bancos e o financiamento da economia», os responsáveis garantem que em tempos de crise é «essencial apoiar famílias e empresas», mas também lembram que é «preciso ponderação».
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«Que a banca não financia a economia e que isso contribuiu para o acentuar da crise é uma ideia totalmente falsa», começou por frisar Armando Vara, vice-presidente do BCP, que sublinhou ainda que com a crise, há um aumento do crédito em incumprimento, do risco e do custo desse risco. Algo que diz ser «incontornável».
«O crédito concedido nos diferentes segmentos de negócio continua a crescer a ritmos muito elevados», atira.
Faria de Oliveira, presidente da CGD, chamou também à atenção para o aumento de crédito concedido tanto a empresas como a particulares neste «período conturbado» mesmo quando os próprios bancos sentem «na pele» as dificuldades.
Já Ricardo Salgado, presidente do BES, passou a mensagem de que «o tempo do dinheiro fácil acabou», enquanto o presidente do Santander Totta, Nuno Amado, voltou a ressalvar que «o sistema financeiro não é um factor de restrição ao crescimento da economia».
Fernando Ulrich, presidente executivo do BPI, atirou todas as suas críticas para as empresas que não têm as suas contas em dia.
«Para concedermos crédito temos que avaliar risco e infelizmente quando queremos olhar para as contas das empresas estamos mal nesta matéria», disse, depois de referir que em Maio «40% das grandes empresas clientes do banco não tinham apresentado as suas contas».
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