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Crianças viciadas em wrestling

Sabem que «é uma luta a fingir», mas o entusiasmo não desaparece. Meninos portugueses falam sobre este desporto que veio dos EUA e até fazem «alguns truques», mas há quem reconheça os perigos

Batista, John Cena e Undertaker são os actuais ídolos dos jovens e crianças portugueses, que estão completamente viciados no wrestling, espécie de luta encenada que domina as conversas e preenche os tempos livres dos mais novos.

«O meu programa de televisão preferido é o wrestling», disse à agência Lusa Francisco Ribeiro de Almeida, nove anos e aluno do 4º ano no Colégio dos Salesianos, em Lisboa. Além de ver na televisão, Francisco costuma jogar no computar este tipo de luta e fala com os colegas de escola sobre os melhores jogadores e o espectáculo da noite anterior.

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Francisco, que tem como ídolo John Cena, sabe que a luta «é a fingir» e que os lutadores «não são maus».

João Pedro Matos, também de nove anos, disse que «adora» wrestling e que o vê na televisão, na Internet e joga na playsation.

«Gosto de wrestling desde que nasci. Está muito bem feito. Dão um bom espectáculo e são os melhores lutadores», contou à Lusa João, que anda no 4º ano da Escola do Olival de Bastos.

João fala com os colegas sobre os jogos e algumas vezes brinca com eles ao wrestling. «Pego neles, meto-os no chão e faço alguns truques. Mas é tudo a fingir», salientou, adiantando que tem que ter cuidado, pois «às vezes podemos magoar-nos».

O maior sonho de João era ver o espectáculo de segunda e terça-feira no Pavilhão Atlântico.

Bernardo Menano, 13 anos, vai realizar o sonho e ver o espectáculo ao Pavilhão Atlântico e torcer «pelos mais maus e pelos piores». Para Bernardo, o wrestling «não é violento, porque é tudo a fingir».

Já Gonçalo, 11 anos e aluno do 6º ano no Colégio Moderno, em Lisboa, acha que lutar com os colegas ao wrestling é perigoso e que pode magoar-se «a sério».

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O adolescente fala sobre wrestling apenas com os rapazes, pois diz que as «raparigas não se interessam e não participam nas conversas».

A mãe de Gonçalo, Marta Silva, tenta controlar o número de vezes que o filho vê o programa na televisão e considera que este tem noção do perigo do wrestling.

Marta Silva contou à Lusa um pequeno episódio que se passou com o filho : «um dia estava no quarto com um amigo e quando eu cheguei estava um colchão e algumas almofadas no chão. O Gonçalo estava em cima do beliche e preparava-se p ra se atirar para cima do amigo, que estava no chão».

Maria de Jesus Menano, mãe de Bernando, não proibe o filho de ver o programa, mas acha que o wrestling é violento e tem influência na atitude das crianças.

«Quando começou a ver, fazia os truques e estava mais violento», disse à Lusa Maria de Jesus Menano, que nunca vê o programa com o filho.

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