«Foi um compromisso que assumi: que a relação de forças com o CDS-PP seria a mesma», afirmou Santana Lopes, após uma visita à campa de Francisco Sá Carneiro, no cemitério do Lumiar.
No executivo de Santana Lopes, o CDS-PP passou a liderar quatro ministérios (Finanças, Defesa, Ambiente e Turismo) contra os três que chefiava no Governo de Durão Barroso (Defesa, Justiça e Segurança Social e Trabalho).
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O primeiro-ministro acrescentou ainda que «o número de independentes nas chamadas pastas de Estado é exactamente o mesmo do executivo de Durão Barroso na sua constituição inicial», disse a Lusa.
«Quem diz o contrário é certamente por erro», sublinhou, numa resposta implícita às críticas feitas domingo por Marcelo Rebelo de Sousa.
O ex-presidente do PSD afirmou, no seu habitual comentário na TVI, que o CDS-PP ficou a ganhar no novo Governo liderado por Pedro Santana Lopes e que «o PSD perdeu influência nas pastas decisivas, as pastas de Estado», referindo-se à Defesa, Finanças, Administração Interna e Negócios Estrangeiros.
Sem nunca referir o nome de Marcelo Rebelo de Sousa, o primeiro-ministro apenas respondeu a esta crítica, que considerou de organização do Governo, escusando-se a comentar outros reparos que têm sido feitos ao seu Governo.
«A opinião é livre», disse apenas Santana Lopes.
No seu primeiro acto oficial como primeiro-ministro, Santana Lopes visitou a campa do fundador do PSD Francisco Sá Carneiro, no dia em que este completaria 70 anos, se fosse vivo, e assiste ao fim da tarde a uma missa evocativa da data, na igreja de S. João de Deus, em Lisboa.
Durante a visita ao cemitério, questionado sobre a primeira reunião do Conselho de Ministros, que está a decorrer, Santana esclareceu que este encontro visa sobretudo trabalhar no programa de Governo e definir as primeiras linhas de trabalho.
«Espero na próxima semana debater o programa de Governo na Assembleia da República», afirmou.
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