O ministro do Ambiente classificou hoje o «prédio Coutinho» como um «verdadeiro assassinato urbanístico» cometido no Centro Histórico de Viana do Castelo e insinuou que só por «pirraça» é que os moradores não desocupam o edifício, escreve a Lusa.
«Era benéfico para todos que os moradores aceitassem as condições extremamente vantajosas que a VianaPolis lhes oferece para se mudarem, permitindo que um dos mais belos bairros medievais de Portugal, que é o centro Histórico de Viana do Castelo, possa recuperar a sua traça e recuperar de um verdadeiro assassinato urbanístico», referiu Nunes Correia.
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Falando em Viana do Castelo, no decorrer de uma visita às obras do Programa Polis, o ministro do Ambiente garantiu que o Governo está disposto a esperar «o tempo que for preciso» para dar integral cumprimento às intervenções do Programa Polis daquela cidade, que incluem a demolição daquele polémico edifício.
O prédio Coutinho é um edifício de 13 andares onde moravam cerca de 300 pessoas e que o Polis pretende demolir, por considerar que «agride» a harmonia arquitectónica do Centro Histórico de Viana do Castelo.
No entanto, um grupo de moradores recusa-se a sair e interpôs cinco providências cautelares, tendo já o tribunal julgado e deferido duas delas, suspendendo todo o processo de expropriação do edifício necessário para a posterior demolição.
«Os tribunais são soberanos e temos que respeitar as suas decisões. Mas sabemos que a razão está do nosso lado, pelo que esperaremos o tempo que for preciso para dar integral cumprimento ao programa», sublinhou Nunes Correia, lembrado que a decisão de demolir o «Coutinho» foi da Assembleia Municipal de Viana do Castelo.
Referindo que o prédio já está «praticamente vazio», o governante questionou «qual o benefício das pessoas em persistirem em habitar» num edifício quase sem gente.
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