O dia começa cedo em Bragança e atrasa-se muito. Porque a visita curta ao Instituto Politécnico transforma-se num encontro com estudantes e professores. E numa cantoria pegada com a tuna académica. Passos Coelho não resiste a um momento musical, e hoje não foi exceção. Ao lado da tuna entoou "amigos para sempre", na voz grave que o carateriza (para barítono, como ele próprio classifica a sua voz era preciso elasticidade nos agudos). Mas músicas à parte, enquanto o primeiro-ministro cantava, já em Macedo de Cavaleiros, os militantes o aguardavam.
Passos só chega 2 horas depois. Ninguém arredou pé, é certo, mas a visita à Santa Casa da Misericórdia ficou comprometida, porque em Mirandela havia um almoço com cerca de 800 apoiantes - num espaço pequeno para tanta euforia.
PUB
É uma espécie de espalhem a palavra: "É preciso falar com quem está indeciso", pediu. "É preciso convencê-los: há quem ainda esteja a pensar... "
No almoço dirá o mesmo, mas com mais graça:
, "as pessoas estão mais descansadas porque afinal aquilo que pensavam consigo próprias era afinal o que pensava a maioria de Portugal"."Durante algum tempo ficou-se com a ideia de que quem estivesse de acordo com o Governo era uma espécie de bicho esquisito. Alguma coisa que não era normal - e quanta gente no seu silêncio, a pensar consigo própria, não se terá perguntado que mal tem continuar a apostar naquilo que deu resultado?
Não era muito mais estranho pensar como é que alguém quer apostar numa hipótese que já provou no passado que estava errada?".
PUB
E, por falar, em maioria, de forma clara, hoje, em Macedo, ao pé da Santa Casa da Misericórdia, os militantes entoaram três vezes: "Maioria absoluta, maioria absoluta, maioria absoluta".
Passos sorriu mas ainda é cedo: afinal, não comenta sondagens, não pensa em sondagens, mas leva a campanha em crescendo. As pessoas "desinibem-se agora com mais facilidade" e dizem o que pensam. Também o líder da coligação se desinibe e diz o que pensa:
PUB