O La Caixa detém actualmente 25% do capital do BPI e «não escamoteia a hipótese de reforçar a participação nesta entidade até ao limite legal da lei de portuguesa», afirmou esta sexta-feira Ricardo Fornesa, em conferência de imprensa.
Embora reconhecendo esta possibilidade, o presidente da instituição catalã salvaguardou que o objectivo «é a independência do BPI».
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Ricardo Fornesa, que falava na conferência de imprensa de apresentação dos resultados de 2006, garantiu que o La Caixa pretende manter-se à margem da Oferta Pública de Aquisição (OPA) lançada pelo BCP sobre o BPI.
«O nosso principal objectivo é o investimento no BPI», sustentou Fornesa, sublinhando que o banco português é uma peça chave do plano de expansão internacional do La Caixa, adianta a agência «Lusa».
Portugal «ocupa o primeiríssimo lugar» no plano estratégico internacional do La Caixa, afirmou Ricardo Fornesa, acrescentando que o mercado português «é agradável e atractivo».
O La Caixa tem autorização do Banco de Portugal para aumentar a sua posição no BPI acima do limite de 20%, detendo actualmente uma participação accionista de 25%.
O novo tecto a partir do qual o La Caixa voltará a precisar de autorização do banco central português para reforçar no BPI são os 33%.
Esta percentagem representa também, de acordo com as regras do mercado de capitais, o limite de participação accionista de uma sociedade em outra.
Acima dos 33%, qualquer empresa fica obrigada a lançar imediatamente uma OPA sobre o capital que ainda não detém numa terceira.
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