“Todas as campanhas têm o seu picante” e esta não é exceção. Mesmo que hoje não seja um dia “muito picante”, como deixou escapar esta terça-feira o candidato da coligação Portugal à Frente, numa visita à empresa Maçarico em Mira.
A trabalhadora que embalava o produto da marca garantia que este “pica a sério, é malagueta verdadeira”, mas Passos Coelho pensava noutra coisa: e não seria a notícia do BPN a pô-lo a arder.
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“Eu teria feito o mesmo, a previsão era demasiado pessimista”, disse aos jornalistas que o interrogavam sobre a notícia avançada esta manhã pela Antena 1.
Mas o candidato garante que “é natural e normal” que em campanha surjam “coisas eventualmente incómodas nomeadamente para o Governo” para perturbar a coligação. “De onde?”, perguntaram. “Não faço processos de intenções”, respondeu, insinuando ainda assim que as notícias “incómodas” costumam aparecer na reta final, já perto das eleições.
E ainda antes de falar com os media, foi dar um salto à praia de Mira, onde passava a infância e recordou o episódio das birras por causa do avião.
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“Tanto pedi um avião que o meu pai lá me deu um de plástico: eu queria um a sério, claro” e “ao fim de meia hora já tinha desmanchado aquela droga e ninguém o conseguia pôr a voar outra vez”.
Apesar da água fria, ainda há veraneantes outonais na praia de Mira: está sol e calor e alguns levantam-se para vir cumprimentar os candidatos da coligação. E uma senhora tem um pedido: “Dê-me o seu chapéu!”. O vice-primeiro-ministro perante tal pedido, não hesita: "Dou sim, no final da campanha, dou-lhe o meu chapéu".
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Pois agora, depois da campanha, este, de aba, vai ter novo dono. "Dê-me o seu telemóvel para mandar entregar o chapéu".
Campanha estilo empresarial ou agrícolaDe Cantanhede, chegam a Tábua, ao grupo Aquinos, com 1800 trabalhadores. Em Nelas, abriram agora outra fábrica com mais 300 trabalhadores.
A empresa, que faz sofás e colchões, tem 90 por cento da produção destinada ao Ikea. O mais provável, quando compra um sofá na loja sueca, é que ele tenha sido produzido em Tábua, por trabalhadores portugueses e por uma gestão nacional que começou com apenas seis trabalhadores.
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