Paulo Portas, na sua rubrica semanal no Jornal das 8 da TVI - "Global" -, abordou vários temas que estão em cima da mesa e que vão, ou já estão, a marcar o mundo neste ano que ainda agora começou.
Começando por Espanha, o nosso "principal parceiro comercial", o comentador da TVI disse que o cenário de eleições antecipadas "é inevitável".
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Mais tarde ou mais cedo vai haver eleições" disse.
Paulo Portas alertou para os riscos de umas eleições antecipadas em Espanha, nomeadamente, o de Pedro Sanchéz não as ganhar.
Sanchéz, que queria eleições muito rápido, neste momento, não tem orçamento, a Catalunha também não tem orçamento. A economia já estava perto dos 3% e está-se a aproximar dos 2%. E corre o risco de se houver eleições não as ganhar".
Fez ainda uma breve referência à política de imigração do presidente espanhol, que levou a um aumento 124% de imigrantes no país, depois de Itália ter fechado os portos. O que fez com que Espanha se tornasse no país que mais imigrantes recebeu da União Europeia.
Brexit "sem acordo"?Na próxima semana, mais concretamente no dia 14, começa a votação ao acordo que Theresa May fez com a União Europeia sobre o Brexit. Paulo Portas diz o "acordo suave" não vai resultar e que o cenário mais provável é o de um Brexit sem acordo.
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Neste quadro, a menos que aconteça alguma coisa nova e substancial, o que eu acho mais previsível, para lá de novos adiamentos, é um Brexit sem acordo" e justifica "eu não vejo como é que sem votos dos trabalhistas, a senhora May consegue compensar os conservadores que acham que ela fez concessões a Bruxelas".
Aconteça o que acontecer, dia 29 de março o Reino Unido vai sair da União Europeia.
Macron "perdeu contacto com a realidade"No último sábado, os "coletes amarelos" decidiram, mais uma vez, sair e lançar o caos nas ruas de França. Paulo Portas diz que Emmanuel Macron "deixou as coisas agravarem-se".
Eu tenho a sensação que o presidente Emmanuel Macron já não retoma a mão, digamos assim. Ele perdeu o contacto com a realidade, fez uma muito implausível gestão da comunicação e deixou as coisas agravarem-se sucessivamente".
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Afirmou ainda que Macron se deixa levar por questões que não são de maior relevo e que só o prejudicam.
É um presidente muito acidental. Cai facilmente em questões que não são essenciais mas que o prejudicam".
A economia não está num bom caminho e, num possível cenário de eleições em França, Portas diz que "ganharia a frente nacional".
Bolsonaro "terá de fazer muitos disparates para que não corra bem"O novo Governo do Brasil está em funções há cinco dias. Paulo Portas diz que os números económicos são muito bons e que Bolsonaro tem tudo para que o primeiro ano económico corra bem "desde que não haja demasiados erros".
O presidente Bolsonaro terá de fazer muitos disparates, ou erros, para que as coisas não corram bem, em termos económicos, ao Brasil este ano".
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A justificar diz que "o Brasil fez um ajustamento a sério". Assim, em termos económicos, o Brasil "pode ter um primeiro ano bom".
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De um modo geral, as economias do mundo não andam por bons caminhos, diz Paulo Portas.
Significa que vamos crescer menos, que o dinheiro nos vai custar mais caro, por causa da mudança da política do Banco Central Europeu, e de que haverá menor confiança em termos globais".
Alerta que se aproximam "tempos menos bons" e diz que António Costa tem de "moderar o seu otimismo" em ano de eleições.
Para Portugal que vai ter eleições lá para outono, é muito relevante ser realista (...) eu diria que o primeiro-ministro tem de moderar um pouco o seu otimismo porque ele não vai ir a votos com um crescimento de 3% nem de 2,5%".
Avisa que estamos numa fase um pouco tremida da economia mundial e que isso exige "um grau acrescido de realismo para um otimista profissional".
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