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Pensões só para quem precisa

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Taxar mais os muito ricos e acabar com as pensões para quem tenha outra fonte de rendimentos

Pedro Adão e Silva, um dos socialistas que elaborou a moção do secretário-geral do PS, defendeu na segunda-feira que se deve «taxar mais os rendimentos muito elevados», acabar com as deduções para esses contribuintes e que os beneficiários de pensões que não decorram da sua carreira contributiva e que tenham outras fontes de rendimento deixem de as receber.

Num jantar-debate sobre a crise promovido pela plataforma de reflexão política do social-democrata Pedro Passos Coelho, na noite de segunda-feira, em Lisboa, Adão e Silva afirmou que as crises são oportunidades para responder a problemas estruturais e apontou o «nível muito elevado de desigualdades» como «o principal problema estrutural» de Portugal.

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O socialista e ex-dirigente nacional defendeu que alguns dos actuais pensionistas deixem de receber pensões, quando estas não resultam dos seus descontos para a Segurança Social e têm outros rendimentos, uma medida que disse ser «talvez mais impopular».

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Adão e Silva afirmou depois aos jornalistas que «há muitos pensionistas que são pobres, mas há muita gente que recebe pensões baixas e que não é pobre, tem outras fontes de rendimento» porque investiu «noutros mecanismos de poupança», como o «imobiliário», ou recebe pensões pelo seu trabalho no estrangeiro. Segundo o socialista, essas pessoas não devem receber pensões pagas pelo Estado.

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Para o socialista, impõe-se um «redistribuição de rendimentos» no país e só há um mecanismo para o fazer: «Os instrumentos fiscais».

«Taxar mais os rendimentos muito elevados»

«É momento de não termos hesitações em taxar mais os rendimentos muito elevados», defendeu o ex-membro da direcção socialista de Ferro Rodrigues.

Pedro Adão e Silva considerou que é justo em teoria que quem ganha 3.500 euros por mês pague 42 por cento de IRS, mas questionou a justiça de aplicar a essas pessoas a mesma taxa aplicada a quem ganha 20 mil euros.

«Tenho dúvidas de que assim seja. A compressão dos rendimentos mais altos é uma responsabilidade política e moral. A crise veio expor ainda mais essa necessidade».

A moção do secretário-geral do PS, José Sócrates, ao Congresso socialista, para a qual Pedro Adão e Silva contribuiu, propõe limitar as deduções para os contribuintes com maiores rendimentos, em benefício da classe média, apoiando-a «nas suas despesas essenciais e estimulando a natalidade».

Hoje, Adão e Silva defendeu que é preciso «acabar simplesmente com as deduções para os escalões mais altos de rendimentos», reiterando a ideia de que «as classes médias devem poder deduzir mais com despesas sociais do que aqueles que estão no topo dos rendimentos».

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