As centrais sindicais pediram esta quarta-feira ao Governo que assuma o compromisso de actualizar o salário mínimo até 500 euros em 2011, na conferência de imprensa em que anunciaram que a greve geral teve a adesão de três milhões de trabalhadores.
«Não abdicamos de uma resposta positiva ao acordo já assumido do salário mínimo nacional», disse o secretário-geral da CGTP, Carvalho da Silva, referindo-se ao acordo tripartido alcançado em 2006.
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Para o dirigente sindical, esta deverá ser a primeira medida adoptada pelo Executivo liderado por José Sócrates depois de a greve geral de hoje ter mobilizado, segundo as confederações sindicais, cerca de três milhões de trabalhadores. Este valor corresponde a três quartos da população activa, estimada em cerca de quatro milhões.
Para já, a CGTP e a UGT não têm contabilizadas as taxas de adesão dos sectores público e privado, mas Carvalho da Silva fez questão de sublinhar a «transversalidade» da greve geral, destacando, além da greve dos funcionários públicos, a paralisação do sector privado dos transporte e em muitas empresas dos sectores corticeiro e metalurgia e metalomecânica.
No topo das críticas das duas centrais sindicais está a «prioridade do Governo ao défice» em vez de políticas de criação de emprego. Tanto Carvalho da Silva como João Proença pediram que esta greve geral reponha os apoios sociais.
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