As partidas e aterragens nos aeroportos portugueses, em particular no de Lisboa, estão a sofrer atrasos significativos devido a uma acção de luta dos controladores de tráfego aéreo, iniciada quarta-feira, segundo várias fontes do sector, escreve a Lusa.
Segundo fontes representativas dos trabalhadores, o que está em causa é um diferendo sobre a duração do acordo de empresa.
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Desde as zero horas de quarta-feira os controladores aéreos estão a restringir a actividade aos valores exactos declarados junto do Eurocontrol, a cumprir totalmente os procedimentos standard da aproximação e descolagem de aviões e a aderir totalmente aos perfis de voo submetidos pelos operadores, segundo um representante dos trabalhadores.
A mesma fonte afirmou que esta decisão tem a adesão generalizada dos controladores de tráfego aéreo.
As informações de chegadas e partidas contidas no site da ANA - Aeroportos de Portugal revelam atrasos significativos nos voos, que nalguns casos se aproximam ou mesmo excedem as quatro horas, e alguns cancelamentos de voos.
Uma fonte dos controladores aéreos salientou que os atrasos têm repercussões em cadeia, não só em Portugal, porque os atrasos nos voos levam a, por razões relacionadas com períodos mínimos de descanso das tripulações, pôr em causa a realização de outros voos, inclusive no estrangeiro.
Outro representante dos controladores aéreos precisou que ao cumprimento rigoroso das normas, que os representantes contactados recusam classificar como «greve de zelo», se juntou algum aumento do tráfego aéreo, relacionado, nomeadamente, com a presidência portuguesa da União Europeia.
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