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EUA querem "paz justa e duradoura" para a Ucrânia e recusam cessar-fogo que legitime anexações russas

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O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, recusou esta sexta-feira os apelos a um cessar-fogo na Ucrânia, dizendo que serviriam apenas para legitimar as anexações do território ucraniano feitas por Moscovo e que não seriam mais do que uma "paz de Potemkin", encorajando futuras agressões

Discursando na Finlândia, onde se encontra em visita de Estado para aprofundar a cooperação transatlântica com os países nórdicos, Blinken garantiu que os EUA procuram uma paz "justa e duradoura" para a Ucrânia, acrescentando que, juntamente com os restantes aliados, Washington quer construir um consenso que permita terminar a guerra em território de Kiev.

O secretário de Estado norte-americano também declarou que Washington incentiva as iniciativas de outros países para terminar o conflito, desde que levem em conta os princípios na Carta das Nações Unidas e a soberania, integridade territorial e independência da Ucrânia.

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"Vamos apoiar esforços, sejam do Brasil, China ou de qualquer outra nação, se ajudarem a encontrar um caminho para a paz justa e duradoura", frisou Blinken.

O alto responsável norte-americano disse ainda que a "falha estratégica colossal" de Putin não fez mais do que isolar Moscovo, enfraquecendo a economia russa e expondo as vulnerabilidades do seu exército, que antes era temido.

Blinken, assinala o Washington Post, acabou por desvendar durante a intervenção em Helsínquia a estratégia norte-americana para o conflito ucraniano, admitindo que os EUA preferem que a Ucrânia se fortaleça agora contra eventuais agressões russas a longo prazo.

"Um cessar-fogo que simplesmente congele as atuais linhas - e permita a Putin consolidar o controlo sobre o território que anexou, e descansar, rearmar-se e voltar a atacar - não é uma paz duradoura", sublinhou o secretário de Estado dos EUA. "Iria legitimar as apreensões de território russas. Iria recompensar o agressor e punir a vítima", acrescentou. 

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O discurso duro de Blinken segue-se ao anúncio do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que garante que Kiev quer recapturar aos russos o território anexado por Moscovo na contraofensiva agora lançada pelas forças de Kiev.

Ontem, na Moldova, onde participou na cimeira da Comunidade Política Europeia, Volodymyr Zelensky solicitou um convite explícito para a Ucrânia se juntar à NATO, sublinhando também a importância de proteger os céus ucranianos com os caças F-16 que tem vindo há meses a solicitar aos seus aliados.

O presidente ucraniano propôs também, na cimeira na Moldova, a criação de um escudo de defesa antimíssil com aviões e defesas aéreas modernas para proteger os céus de todo o continente europeu.

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