Quase metade dos casos de infecção por VIH/Sida são toxicodependentes, seguidos dos heterossexuais - cuja transmissão da doença está a crescer em Portugal - e dos homossexuais, de acordo com os dados referentes a 31 de Dezembro do ano passado, escreve a Lusa.
Segundo o relatório do Centro de Vigilância Epidemiológica das Doenças Transmissíveis, em 31 de Dezembro do ano passado estavam notificados em Portugal 30.366 casos de infecção VIH/Sida «nos diferentes estados de infecção».
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O maior número de casos notificados («casos acumulados») corresponde à infecção em «toxicodependentes», constituindo 45 por cento (13.684) de todas as notificações (30.366).
O segundo grupo de infectados é composto por heterossexuais (37,5 por cento), enquanto os homossexuais masculinos representam 11,9 por cento dos casos.
O documento alerta para o facto dos casos notificados de infecção VIH/Sida, que referem como forma provável de infecção a transmissão sexual (heterossexual), apresentarem «uma tendência evolutiva crescente importante».
As restantes formas de transmissão correspondem a 5,6 por cento do total.
O total acumulado de casos de Sida em 31 de Dezembro de 2006 era de 13.515, dos quais 449 causados pelo vírus VIH2, e 189 casos que referem infecção associada aos vírus VIH1 e VIH2.
Segundo este relatório, «os casos de sida apresentam a confirmação do padrão epidemiológico registado anualmente desde 2000: verifica-se um aumento proporcional do número de casos de transmissão heterossexual e consequente diminuição (proporcional) dos casos associados à toxicodependência».
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