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Escola de Gaia proíbe beijos entre alunos

O Bloco já pediu esclarecimentos ao Ministério da Educação. Duas alunas homossexuais terão sido discriminadas

O Bloco de Esquerda (BE) exigiu hoje esclarecimentos do Ministério da Educação sobre a Escola Secundária António Sérgio, em Gaia, que proíbe beijos entre alunos e na qual considera ter havido discriminação de duas alunas homossexuais.

Em requerimento entregue no Parlamento, o deputado do BE João Teixeira Lopes considera que, "de acordo com as notícias hoje veiculadas em diversos órgãos de comunicação social", assiste-se a "um caso de evidente discriminação na Escola Secundária António Sérgio, em Vila Nova de Gaia".

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"Duas alunas foram repreendidas pelo Conselho Executivo desta escola pelo facto de mostrarem afecto entre elas, sendo censuradas pela sua orientação sexual, diferente da suposta norma", afirma o deputado eleito pelo Porto, classificando a situação de "indignante".

Segundo a edição de hoje do Diário de Notícias, a Associação de Estudantes da Escola Secundária António Sérgio acusa o Conselho Executivo de ter tido "uma atitude homofóbica" relativamente a duas alunas homossexuais, "mas os responsáveis pela escola negam qualquer perseguição ou discriminação das jovens".

Por outro lado, João Teixeira Lopes condena que "não sejam permitidos beijos ou outras manifestações de afecto como simples abraços entre alunos, sejam eles homo ou heterossexuais", o que define como "um puritanismo de outros tempos" e uma "repressão" inaceitável.

Teixeira Lopes diz tratar-se de uma "atitude repressora que não é um exclusivo desta escola", referindo que, segundo o presidente do Grupo de Educação Sexual nomeado pelo Ministério da Educação, Daniel Sampaio, "há várias escolas onde os beijos são proibidos".

O deputado do BE exige então que o Ministério da Educação esclareça "que providências vão ser tomadas" em relação à escola de Gaia, "nomeadamente no que diz respeito às normas restritivas e anticonstitucionais que aí vigoram", e a "situações similares".

"Sabendo nós das dificuldades muitas vezes traumatizantes que enfrentam os jovens homossexuais em relação às frequentes agressões físicas ou verbais de cariz homofóbico, que programas ou intervenções nas escolas estão planeadas para que a discriminação pela orientação sexual não se perpetue?", questiona ainda o deputado.

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